Responsabilidade Social • 18:33h • 16 de agosto de 2025
Voluntariado individual ou empresarial: qual é a diferença e como escolher o seu caminho
Pesquisa do IBGE revela crescimento das ações sociais, com destaque para programas ligados a empresas e instituições
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Agência Casa9 | Foto: Arquivo/Âncora1

O Brasil enfrenta um cenário de desigualdade agravado nos últimos anos, em parte devido à pandemia da Covid-19. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2020 e 2021 houve um salto de 50% no número de pessoas em situação de miséria. Nesse contexto, as mobilizações solidárias se fortaleceram. A PNAD Contínua: Outras Formas de Trabalho 2022, divulgada em 2023, apontou cerca de 7,3 milhões de brasileiros envolvidos em ações de voluntariado, número maior do que nos anos anteriores.
O que diz a lei e como funciona
O trabalho voluntário é regulamentado pela Lei nº 9.608/98 e definido como atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos. Ele pode ser realizado de forma independente, quando o indivíduo procura por conta própria uma causa ou organização, ou por meio de programas estruturados dentro de empresas, conhecidos como voluntariado empresarial.
Voluntariado individual
Nesse formato, o voluntário escolhe causas com as quais tem maior afinidade, como meio ambiente, educação, saúde, serviço social ou atendimento a públicos específicos: crianças, idosos, pessoas em situação de rua ou comunidades vulneráveis. A atuação costuma ser mais flexível e personalizada, mas depende da iniciativa e da busca ativa por oportunidades.
Voluntariado empresarial
Já nesse modelo, as ações são organizadas e incentivadas por empresas ou instituições, geralmente em programas contínuos e de maior escala. É comum que os colaboradores recebam benefícios, como dispensa durante o expediente para participar das atividades. Segundo o IBGE, esse tipo de voluntariado representou 86,4% das ações registradas no país, o que a coordenadora de Projetos e Programas do CIEDS, Gislaine Catanzaro, atribui à praticidade. “O brasileiro tem esse ímpeto de ajudar, mas muitas vezes não sabe como. O voluntariado empresarial facilita a conexão entre o desejo de contribuir e a ação efetiva”, afirma.
Impacto para quem ajuda e para quem recebe
Gislaine destaca que a tendência é de crescimento do voluntariado em todas as formas. “As pessoas já perceberam que essas ações geram impacto significativo não só para quem é beneficiado, mas também para quem participa. Hoje há opções para todos os perfis: presencial, remoto, individual ou via empresa”, conclui.
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