Saúde • 08:51h • 23 de agosto de 2025
Uso de medicamentos vencidos pode causar intoxicação e até morte, alerta especialista
Especialista alerta para riscos à saúde e reforça importância do descarte correto em farmácias e unidades de saúde
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Agência Contatto | Foto: Divulgação
Guardar remédios em casa e utilizá-los após o vencimento é um hábito comum, mas que pode trazer sérios riscos à saúde. Mesmo que o medicamento pareça intacto, ele perde eficácia e pode provocar reações inesperadas. “Medicamentos vencidos não apenas deixam de cumprir sua função, como também podem causar intoxicações e efeitos colaterais graves”, explica o Dr. Thiago Piccirillo, clínico geral da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Segundo a Anvisa, o prazo de validade é definido a partir de estudos de estabilidade realizados pela indústria farmacêutica. Após esse período, o medicamento pode sofrer degradação química, microbiológica ou física, o que resulta em ineficácia e até toxicidade. Analgésicos, anti-inflamatórios, anticoncepcionais e até remédios de uso contínuo estão entre os que oferecem mais riscos quando utilizados após o prazo de validade.
O uso de antibióticos vencidos merece atenção especial, pois além de não tratar corretamente a infecção, pode favorecer o surgimento de bactérias resistentes, considerado um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. “Mesmo que o remédio pareça em bom estado, ele não deve ser consumido após o vencimento, já que pode se transformar em uma substância tóxica”, reforça o Dr. Thiago.
O descarte incorreto também representa uma ameaça. Jogar remédios vencidos no lixo comum ou no vaso sanitário pode contaminar o solo e a água, trazendo riscos à saúde coletiva e ao meio ambiente. A recomendação é levá-los a pontos de coleta especializados, disponíveis em farmácias e unidades de saúde que participam de programas de recolhimento.
Para descartar corretamente, os especialistas orientam: não jogar no lixo doméstico nem em vasos sanitários, remover bulas e embalagens externas quando possível e entregar sempre em farmácias autorizadas ou postos de saúde. A conscientização deve estar presente em todo o processo, desde a compra até a eliminação.
"Agir com responsabilidade é proteger a si mesmo e à comunidade, além de reduzir os impactos no meio ambiente”, conclui o médico.
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