Ciência e Tecnologia • 19:23h • 28 de agosto de 2025
Universitários criam veículos com materiais reciclados para disputar a Shell Eco-marathon 2025
Equipes universitárias apostam em tampinhas de garrafa, tubos de PVC e fibras alternativas para criar protótipos mais leves, sustentáveis e eficientes
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Edelman | Foto: Divulgação/Shell
A criatividade e a responsabilidade ambiental estão acelerando a disputa da Shell Eco-marathon Brasil 2025. Neste ano, equipes universitárias de diversas regiões do país têm chamado atenção pelo uso de materiais recicláveis e reaproveitados na construção de seus protótipos. Tampinhas de garrafa PET, sobras de fibra de vidro, tubos de PVC e até pastas escolares já foram transformados em peças de carros que aliam eficiência energética, inovação e sustentabilidade.
Na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a equipe Capivara transformou sucata em solução de engenharia. A estrutura do carro foi montada com sobras de fibra de vidro, peças metálicas descartadas e suportes em PVC recuperados de obras. Até o retrovisor veio de uma moto desmanchada. “Praticamente tudo foi reaproveitado. Esse jeito de pensar virou parte da nossa identidade”, explica João Albuquerque, integrante do grupo.

Também em Minas Gerais, a equipe Milhas Gerais, da Universidade Federal de São João del Rei, surpreendeu ao produzir o assoalho do veículo com tampinhas de garrafa PET trituradas e moldadas, que resultaram em uma base leve, resistente e 100% reciclável. “Foi uma ideia simples que deu muito certo. Já tínhamos testado antes uma resina à base de mamona, mas desta vez conseguimos unir criatividade, baixo custo e sustentabilidade”, comenta Taynara Marcelino, capitã da equipe.
A aposta em materiais alternativos está em sintonia com a proposta da competição, que valoriza soluções inovadoras e sustentáveis. Segundo Norman Koch, diretor global da Shell Eco-marathon, há um esforço crescente em desenvolver componentes biodegradáveis e orgânicos. “Já vimos carros feitos de bambu, fibras naturais e até peças impressas em 3D, que tornam os projetos mais leves, acessíveis e logísticos. O objetivo é testar, aprender e mostrar que a engenharia pode reinventar o futuro da mobilidade”, ressalta.

Mais do que alcançar a linha de chegada, os estudantes destacam o aprendizado e a consciência ambiental como legado. “No fim das contas, o que mais motiva é ver que dá para fazer diferente, que dá para pensar em engenharia com menos impacto e mais consciência”, completa Taynara.
Aviso legal
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, integral ou parcial, do conteúdo textual e das imagens deste site. Para mais informações sobre licenciamento de conteúdo, entre em contato conosco.
Últimas Notícias
As mais lidas
Mundo
Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda
Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo
Ciência e Tecnologia
Nova anomalia no 3I/ATLAS levanta hipótese inédita de mecanismo artificial no espaço