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Educação • 13:31h • 23 de março de 2025

Unicamp lança processo seletivo para estudantes refugiados e em situação de risco

Unicamp oferecerá 45 vagas, em 26 diferentes opções de curso; é obrigatório estar cursando ou já ter concluído a graduação

Agência SP | Foto: Divulgação/Unicamp

Os interessados deverão escolher uma opção única de curso e indicar em qual dos três idiomas oferecidos farão a prova (espanhol, inglês ou português).
Os interessados deverão escolher uma opção única de curso e indicar em qual dos três idiomas oferecidos farão a prova (espanhol, inglês ou português).

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Unicamp abrirá, no dia 10 de abril, as inscrições para o Processo Seletivo Aberto voltado a estudantes estrangeiros em situações de refúgio ou de risco em seu país de origem, além de migrantes beneficiários de políticas humanitárias do governo brasileiro. O processo ocorrerá de maneira sistematizada pela primeira vez para ingresso nos cursos de graduação da Unicamp.

As inscrições, gratuitas, poderão ser realizadas até o dia 30 de abril na página eletrônica da Comvest, que será disponibilizada em breve. Nesta primeira edição do processo, a Unicamp oferecerá 45 vagas, em 26 diferentes opções de curso. Os interessados deverão escolher uma opção única de curso e indicar em qual dos três idiomas oferecidos farão a prova (espanhol, inglês ou português). Para se inscrever no processo, é obrigatório estar cursando ou já ter concluído a graduação.

Segundo a Comvest, o processo seletivo se realizará em duas fases: 1) Prova de Leitura e Interpretação de Textos (Plit), Prova de Conhecimentos Específicos (PCE) relativos às grandes áreas de conhecimento e Prova de Redação (PR); 2) análise de compatibilidade curricular. A Plit e a PCE, obrigatórias para todos os candidatos, ocorrerão no dia 18 de maio, a partir das 13h (horário de Brasília) de forma online, o que, segundo os organizadores, objetiva ampliar o acesso de estudantes estrangeiros à Unicamp.

“Será a primeira vez que a Comvest aplicará uma prova de maneira online e que poderá ser realizada em diferentes países. A prova tem características peculiares. Uma delas é que os candidatos poderão escolher entre três idiomas para fazer o exame. As questões vão cobrar conteúdos gerais, necessários para ingresso no ensino superior, tais como uma base de matemática e cálculo, leitura e interpretação de texto e conhecimentos sobre o contexto internacional que passa, por exemplo, por temas como migrações e refúgio”, esclareceu José Alves de Freitas Neto, diretor da Comvest.

O diretor informou que as orientações para a realização da prova, bem como os protocolos do ambiente virtual, estão disponíveis na página eletrônica da comissão. A Plit contará com oito questões objetivas de leitura e interpretação. Já a PCE apresentará 12 questões objetivas relativas à área específica do curso escolhido na inscrição (Ciências Humanas/Artes ou Ciências Exatas/Tecnológicas ou Ciências Biológicas). Na Prova de redação, será exigida uma produção textual de no mínimo 1.400 caracteres e no máximo 2.800. Os programas de estudo e as orientações para as provas encontram-se disponíveis na página da Comvest.

Além das provas, os estudantes interessados deverão enviar sua documentação acadêmica para a etapa de análise curricular, que ficará a cargo das comissões de graduação de cada curso. No mesmo momento e de maneira remota, os candidatos deverão remeter, também, a documentação comprobatória da situação de refúgio ou de risco, conforme especificada no edital referente ao exame.

Cátedra Sérgio Vieira de Mello

Por meio da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), a Unicamp vem se destacando na promoção, para pessoas refugiadas, do acesso à educação superior. Em vigência na Universidade desde 2019, a cátedra é uma iniciativa do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em cooperação com outras instituições de ensino superior. Atualmente, a cátedra atua em 44 instituições brasileiras, segundo informações disponíveis no último relatório, publicado em 2024 pela Acnur.

A presidente da cátedra na Unicamp, Ana Carolina Delfim Maciel, destacou que a proposta do modelo de seleção da Unicamp é abrangente pois inclui não somente pessoas em situação de refúgio, mas também aquelas em situação de risco e vítimas de deslocamento forçado. “Isso é importante, pois para ser considerada refugiada, a pessoa precisa de uma documentação específica que demora bastante tempo pra ser emitida”, explicou.

Segundo os dados mais recentes da Acnur, entre 2023 e 2024, a CSVM promoveu o acesso de750 pessoas refugiadas ao ensino superior no Brasil. Nesses dois anos, o deslocamento forçado atingiu níveis históricos em todo o mundo. O relatório de 2024 da Acnuraponta, ainda, que 122 milhões de pessoas precisaram fugir de suas casas em decorrência de perseguição política, conflitos armados, crises humanitárias ou catástrofes naturais.

Por meio da cátedra, a Unicamp já contava com um processo de ingresso simplificado para refugiados, mas ainda sem a possibilidade de realizar uma prova à distância. Espera-se, agora, que a prova online permitirá a participação de pessoas que ainda não chegaram ao Brasil. Atualmente, a Unicamp conta com 54 alunos provenientes de países como Síria, Irã, Cuba, Congo, Rússia, Afeganistão e Serra Leoa, entre outros – 44 deles encontram-se na graduação e 10, em cursos de pós-graduação.

A presidente da CSVM explicou que o novo exame dialoga não apenas com aquilo que a Unicamp já vem fazendo, mas amplia as ações, por meio do ingresso facilitado. “Com esse exame, o ingresso fica mais abrangente, inclusive com a prova aplicada em três idiomas e de forma online. O fato de os estudantes entrarem de maneira continuada facilita pensar estratégias de acolhimento e politicas de permanência, pois até agora o ingresso não era concatenado”, disse Maciel.

Após ingressar na Unicamp, os estudantes têm acesso a uma rede de suporte por meio de variadas ações e diversos órgãos, tais como uma parceria com o centro de línguas – que tem o curso de português como idioma de acolhimento–, do serviço de atendimento psicológico, de bolsas de permanência e do atendimento no Centro de Saúde da Comunidade (Cecom), que oferece consultas ambulatoriais e vacinas.

Segundo informou Maciel, para aumentar a visibilidade do exame da Unicamp junto às pessoas com o perfil para se candidatar, já há uma parceria com o escritório do Itamaraty em São Paulo, que irá divulgar amplamente as informações para as embaixadas e os escritórios diplomáticos.

A presidente da cátedra na Unicamp destacou o papel das instituições de ensino superior diante do aumento de deslocamentos forçados de pessoas em situação de risco, por conta das crises contemporâneas. “As universidades desempenham um papel fundamental por meio das politicas de inclusão. Se as fronteiras diplomáticas têm sido insuficientes no acolhimento a essas pessoas, as instituições de ensino podem se abrir e consolidar seus processos de inclusão para que os estudantes estrangeiros consigam dar continuidade em seus estudos, se reinserindo na sociedade”, afirmou Maciel.

Outro aspecto de relevância, segundo a presidente da CSVM, é a contribuição que esses estudantes podem aportar para a produção do conhecimento científico e cultural na Unicamp. “Esse será um processo muito rico, pois está dentro da internacionalização e significa atrair estudantes qualificados que vêm somar ao universo acadêmico. Além, é claro, de colaborar para mitigar os efeitos das crises humanitárias.Para o saber, não existe fronteiras”, concluiu.

Matrículas e ingresso

A lista de convocados para a matrícula será divulgada em julho pela Comvest, sem seu site. Os estudantes aprovados poderão escolher ingressar na Unicamp já no segundo semestre de 2025, como alunos especiais da disciplina de língua portuguesa para estrangeiros. O ingresso no curso escolhido ocorrerá no primeiro semestre de 2026. Os aprovados poderão, também, ingressar somente a partir do primeiro semestre de 2026, caso prefiram.

O edital com as regras do Vestibular estará disponível na página da Comvest.

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