Ciência e Tecnologia • 09:51h • 14 de agosto de 2025
Unicamp cria bioestimulante de plantas a partir de resíduos da cana-de-açúcar
Tecnologia utiliza método de síntese assistida por micro-ondas para a produção dos carbon dots; processo traz menor consumo de energia e maior viabilidade para a produção em escala
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Arquivo Âncora1

Pesquisadores da Unicamp desenvolveram uma tecnologia que transforma resíduos de cana-de-açúcar em nanopartículas de carbono chamadas carbon dots. Essas partículas, menores que 10 nanômetros, brilham sob luz ultravioleta e funcionam como bioestimulantes naturais, ajudando plantas a crescerem e resistirem melhor às mudanças climáticas.
O método, criado por equipes de engenharia e química da universidade, usa síntese por micro-ondas, tornando o processo rápido, econômico e viável em grande escala. Segundo o pesquisador Marco César Prado Soares, os resíduos da cana oferecem todos os elementos necessários para a produção, evitando desperdício e gerando um material de alto valor com baixo custo.
A tecnologia foi patenteada e licenciada para a PBF Nutrientes, empresa formada após vencer o Desafio Unicamp 2022, competição de empreendedorismo que conecta pesquisas acadêmicas ao mercado. A startup já realiza testes com culturas como soja, milho, feijão, trigo e cana, buscando melhorar a produtividade e a resistência das plantas a extremos climáticos.
Embora o produto seja natural, ele ainda precisa passar por testes e registros no Ministério da Agricultura e, em alguns casos, na Anvisa. A empresa também trabalha para ampliar a produção e atender grandes áreas agrícolas.
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