Saúde • 08:39h • 18 de agosto de 2025
Surto de sarampo na Bolívia acende alerta no Brasil e preocupa na volta às aulas
Com 148 casos confirmados no país vizinho e 22 no Brasil, especialistas reforçam a importância da vacinação e de cuidados preventivos para evitar surtos em meio ao inverno e à circulação de outros vírus respiratórios
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
O surto de sarampo que atinge a Bolívia, com 148 casos confirmados e mais de 1.300 em investigação, já reflete no Brasil. O Ministério da Saúde confirmou 22 casos da doença em 2025, alguns deles relacionados a viagens ou contatos com pessoas infectadas no país vizinho. A proximidade das fronteiras e o aumento da circulação de pessoas elevam o risco de transmissão, especialmente neste período de volta às aulas.
Além do sarampo, o inverno favorece o aumento de casos de influenza, coronavírus e vírus sincicial respiratório (VSR). De acordo com o boletim InfoGripe, da Fiocruz, há crescimento de registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, justamente a faixa etária que está retornando às atividades escolares presenciais.
Vacinação abaixo da meta
A cobertura vacinal contra o sarampo no Brasil está abaixo do índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde. A primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) atinge cerca de 87% do público-alvo, enquanto a segunda dose chega a apenas 64%. Em São Paulo, os números são mais positivos: a primeira dose ultrapassa 101% e a segunda se aproxima de 96%, resultado de campanhas de imunização mais intensas.
“O retorno às aulas representa um momento crítico para a disseminação de doenças contagiosas, especialmente em ambientes fechados e pouco ventilados. O surto na Bolívia mostra que o risco de reintrodução do sarampo no Brasil é real. A vacinação é a ferramenta mais eficaz para proteger as crianças e evitar a propagação da doença”, alerta a pediatra Dra. Lilian Zaboto.
Cuidados essenciais
A especialista reforça que, além da tríplice viral, é fundamental manter em dia a imunização contra a gripe e a Covid-19. “Estamos no inverno, quando o frio favorece a circulação de vírus. Medidas simples, como higienizar as mãos com frequência e manter os ambientes ventilados, também ajudam a reduzir os riscos. É responsabilidade das famílias e das escolas garantir que todos estejam protegidos e seguros nas aulas”, afirma.
Para esta volta às aulas, os cuidados essenciais incluem atualizar a carteira vacinal, observar sintomas como febre, tosse persistente e manchas vermelhas, afastando a criança da escola até avaliação médica, incentivar a higienização frequente das mãos e garantir ventilação adequada nas salas. Com a combinação de vacinação ampla e medidas preventivas, é possível reduzir o risco de surtos e proteger a saúde dos estudantes neste inverno.
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