Gastronomia & Turismo • 12:06h • 02 de setembro de 2025
Salmão se consolida como protagonista na gastronomia e atrai consumidores
Crescente preferência pelo pescado impulsiona restaurantes e abre espaço para inovação gastronômica
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Abrasel | Foto: Arquivo/Âncora1
O salmão se consolidou como protagonista nos cardápios brasileiros, ocupando espaço tanto em preparos sofisticados quanto em versões populares de refeições rápidas. A tendência acompanha mudanças de hábito do consumidor, cada vez mais atento a opções saudáveis e versáteis, além de refletir um rearranjo econômico que afeta toda a cadeia de pescados no país.
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mesmo com a alta demanda, o preço do salmão registrou queda acumulada de –4,18% até julho, índice abaixo da média geral da inflação (3,26%) e da categoria de alimentação e bebidas (3,41%). Para especialistas do setor, o dado mostra que, mesmo com custos sensíveis, o ingrediente segue competitivo frente a outras proteínas.
“O salmão tem se consolidado como um dos protagonistas nos cardápios no pós-pandemia. É saudável, versátil e com valor percebido pelos clientes”, afirma o chef sushiman Régis Sassaki, conselheiro da Abrasel em São Paulo. A força desse consumo é confirmada por restaurantes especializados: na rede Let’s Poke, ele responde por 65% das porções servidas, enquanto na Home Sushi Home chega a representar 75% do faturamento, segundo os empresários João Marcelo Ramos e Amauri Sales de Melo.
A versatilidade do pescado explica parte desse sucesso. Seja grelhado, marinado, defumado ou empanado, ele se adapta a diferentes formatos de cardápio, do delivery às receitas autorais. “Há uma tendência de uso em pratos quentes e novas formas de apresentação. A inovação é uma ferramenta estratégica para manter o interesse do público”, aponta Sassaki.
Além da presença consolidada, especialistas ressaltam que os consumidores estão cada vez mais exigentes, pedindo informações sobre origem, qualidade e manuseio do produto. “O cliente quer saber de onde vem o que está comendo e como o ingrediente foi tratado. A transparência é parte do valor entregue”, observa o chef Amon Samuel de Assis, do Taj Hotel, em Três Lagoas (MS).
O movimento ganha força no mesmo período em que as tarifas norte-americanas a produtos brasileiros reorientam a cadeia de pescados, abrindo espaço para maior oferta no mercado interno. Embora o salmão não seja produzido no Brasil, o setor como um todo pode ser beneficiado. A Semana do Pescado 2025, realizada em todo o país entre 1º e 15 de setembro, reforça esse momento ao incentivar bares e restaurantes a diversificar receitas e aproximar o consumidor da variedade nacional.
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