Variedades • 11:40h • 16 de agosto de 2025
Quem são os Alpha e por que eles vão transformar a forma de liderar empresas
Com perfil empreendedor e alto nível de adaptação tecnológica, jovens exigem ambientes mais flexíveis, horizontais e com propósito
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

A geração Alpha, formada por jovens nascidos a partir de 2010, começa a dar seus primeiros passos no mercado de trabalho como estagiários e aprendizes, mas já desafia empresas a repensarem modelos de gestão e cultura organizacional. Crescidos em um ambiente 100% digital, cercados por inteligência artificial, assistentes virtuais e conteúdo personalizado, eles chegam ao mundo corporativo priorizando propósito, diversidade e bem-estar emocional.
Levantamento da Companhia de Estágios e Opinion Box aponta que 80% dos jovens Alpha demonstram interesse em empreender ainda na adolescência, índice muito superior ao observado em faixas etárias anteriores. Já pesquisa do Datafolha, realizada em junho de 2025, revela que 68% preferem ser autônomos, enquanto apenas 29% consideram o emprego formal como melhor opção.
Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Ceará (ABRH-CE), Kássia Sales, compreender o perfil desse novo grupo é essencial. Ela explica que os Alpha valorizam ações de impacto social e ambientes de trabalho horizontais, que conciliem inovação e acolhimento. “As organizações precisam preparar gestores capazes de alinhar tecnologia e cuidado humano, conectando as oportunidades aos perfis de cada jovem”, destaca.
Ao contrário da geração Z, que vivenciou a transição do mundo analógico para o digital, a geração Alpha nasceu conectada e possui alto grau de adaptabilidade. Essa característica os leva a esperar ambientes corporativos colaborativos, dinâmicos e personalizados, além de lideranças menos hierárquicas e mais abertas ao diálogo. Entre os pontos fortes, estão o pensamento crítico, a inteligência emocional desenvolvida e a capacidade de resolver problemas complexos em grupo.
Kássia alerta, porém, para o risco de níveis mais altos de ansiedade e dificuldade em se adaptar a estruturas muito rígidas. Para ela, o caminho está na revisão de políticas de recrutamento, no fortalecimento de programas de desenvolvimento de lideranças e na criação de uma cultura que valorize saúde mental, escuta ativa e flexibilidade.
Enquanto a geração Alpha começa a se consolidar, já se projeta a chegada da geração Beta, formada por crianças nascidas a partir de 2025 e que crescerão imersas em realidade aumentada e automação avançada. “Quem entender agora as transformações trazidas pelos Alpha estará mais preparado para os desafios que a próxima geração vai impor”, conclui Kássia.
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