Gastronomia & Turismo • 18:44h • 05 de setembro de 2025
Programa define ações de conservação para o Pico Paraná, ponto mais alto do Sul do Brasil
Medidas incluem cadastro on-line, reservas para camping e uso de kits de dejetos, buscando conservar a natureza e qualificar a experiência dos visitantes
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
O Parque Estadual Pico Paraná, que abriga o ponto mais alto do Sul do Brasil e é destino frequente de trilheiros e montanhistas, passa a contar com um Plano de Uso Público Emergencial (PUPe). O documento, elaborado pelo Instituto Água e Terra (IAT) com apoio técnico e financeiro do Programa Biodiversidade Litoral do Paraná (BLP), estabelece pela primeira vez diretrizes detalhadas para organizar a visitação e reduzir os impactos ambientais.
Entre as principais ações estão a obrigatoriedade de cadastro on-line, termo de ciência de riscos, sistema de reservas para acampamentos em áreas autorizadas, proibição de fogueiras e barulho em locais sensíveis e o uso de kits de dejetos por quem pernoitar nas montanhas. Também haverá padronização da sinalização, instalação de estruturas de segurança em trechos íngremes e fechamento temporário de áreas degradadas para recuperação ambiental.

Cadastro on-line e regras para camping passam a valer no Parque Pico Paraná
O Plano não busca reduzir o número de visitantes, mas garantir a conservação da Serra do Mar e melhorar a experiência de quem visita. De acordo com Marina Rampim, bióloga e chefe da Unidade de Conservação, as medidas serão acompanhadas de parcerias com prefeituras, universidades, operadoras de turismo e comunidades locais, ampliando a fiscalização e a educação ambiental.
O crescimento da procura pelo montanhismo é expressivo: entre 2021 e 2023, as Unidades de Conservação do Paraná registraram aumento de 184% no público, passando de 192 mil para mais de 545 mil visitantes. No Pico Paraná, sensores apontam que mais da metade da visitação ocorre sem registro, o que agrava problemas como erosão de solo, descarte de lixo e sobrecarga das trilhas.
Financiado pelo Programa Biodiversidade Litoral do Paraná, o PUPe tem apoio de instituições como SPVS, UFPR e ICMBio, sob supervisão do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Paraná. A expectativa é de que a experiência sirva de base para o futuro Plano de Manejo definitivo da Unidade, consolidando um modelo de uso sustentável das montanhas paranaenses.
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