Mundo • 11:53h • 07 de setembro de 2025
Por que o RH precisa parar de romantizar o engajamento e começar a falar de pertencimento
Especialistas defendem que ações pontuais não bastam e que segurança psicológica e clareza de propósito são fundamentais para um ambiente de trabalho saudável
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Mention | Foto: Arquivo/Âncora1
O engajamento dos colaboradores é um dos assuntos mais discutidos no setor de Recursos Humanos, mas as estratégias adotadas muitas vezes se limitam a ações superficiais que não trazem resultados consistentes. Happy hours, brindes ou salas de descompressão são exemplos de iniciativas que, sozinhas, não promovem um ambiente sustentável e produtivo.
“Não adianta ter mesa de sinuca se o colaborador sai do trabalho às 22h todos os dias ou se não há clareza de propósito e segurança psicológica”, afirma Larissa Mota, CEO do Grupo Exímia. Para ela, muitas empresas ainda confundem engajamento com ações isoladas ou acreditam que bons salários resolvem todos os problemas, quando o que falta de fato é pertencimento.
Pesquisas recentes reforçam essa visão. Segundo a Harvard Business Review (2019), o senso de pertencimento é um dos maiores preditores de desempenho organizacional, superando até mesmo benefícios financeiros. Já relatório da BetterUp (2021) mostrou que colaboradores com alto pertencimento registram 56% mais desempenho e 50% menos rotatividade.
RH precisa olhar além dos brindes e festas: o desafio é construir pertencimento
Na prática, a construção do pertencimento exige processos estruturados e contínuos. Na Exímia, isso é feito por meio de rodadas de feedback realizadas sempre que necessário, mediadas pelo RH com autorização do colaborador, além de uma pesquisa mensal de engajamento que avalia sete indicadores diferentes. A empresa também adota um check-in emocional semanal, ferramenta que mede o humor da equipe e orienta decisões para melhorias contínuas.
Todas essas práticas são centralizadas em uma plataforma de gestão de pessoas, facilitando a coleta e análise dos dados. Para Larissa, o pertencimento vai além da motivação momentânea: significa oferecer espaço para que as pessoas sejam autênticas, contribuam, sejam ouvidas e respeitadas, dentro de uma cultura organizacional clara e alinhada a valores.
“Pertencimento se constrói com clareza de propósito, comunicação transparente, valorização da diversidade e segurança psicológica. Só assim conseguimos resultados reais e sustentáveis”, conclui.
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