Mundo • 16:44h • 21 de dezembro de 2025
Por que o Brasil virou eixo do boom global da economia criativa digital
Cultura forte, maturidade digital e novos modelos de negócio colocam o país no centro de mercados como audiovisual, música, games e creator economy
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Nova Ideia | Foto: Arquivo/Âncora1
O Brasil passou a ocupar posição de destaque no avanço global da economia criativa digital, impulsionado pela combinação entre diversidade cultural, consolidação das plataformas digitais e profissionalização de criadores e empresas do setor. O movimento reposiciona o país como um dos principais polos emergentes da economia criativa, com impacto direto em segmentos como música, audiovisual, design, publicidade, games, creator economy e produtos digitais.
O crescimento ocorre em um contexto de expansão acelerada do consumo online e de novos modelos de monetização, que ampliaram o alcance da produção criativa brasileira para mercados internacionais. A força cultural historicamente reconhecida do país passou a ser traduzida em formatos escaláveis, capazes de gerar valor econômico e influência global.
De acordo com relatório recente da UNESCO, a economia criativa já responde por mais de 48 milhões de empregos no mundo e movimenta cerca de 3% do PIB global. O estudo aponta o Brasil entre os países com maior potencial de crescimento no setor digital, impulsionado pela alta penetração de internet, diversidade cultural e consolidação de plataformas de distribuição. Entre 2024 e 2026, esses fatores ajudaram a acelerar a presença brasileira no ecossistema global da criatividade digital.
Nesse cenário, o estrategista digital Leandro Ferrari, cofundador do grupo xFlow, acompanha de perto a transformação do setor. Com atuação voltada à escalabilidade de negócios digitais e à formação de criadores e empreendedores, Ferrari destaca que o país reúne condições únicas para competir globalmente. Segundo ele, a criatividade brasileira passou a ser estruturada como negócio, sustentada por dados, plataformas e audiências internacionais.
O avanço é perceptível em diferentes frentes. No audiovisual, cresce a exportação de formatos e o licenciamento de obras. Na música, artistas brasileiros seguem entre os mais ouvidos em plataformas globais, refletindo a força da produção nacional. No setor de games, a expansão de estúdios independentes e a profissionalização do mercado ampliaram a presença internacional. Já na creator economy, influenciadores e produtores de conteúdo passaram a operar como empresas, com modelos de receita diversificados.
A expansão das plataformas de streaming, redes sociais e marketplaces de conteúdo reduziu barreiras de entrada e ampliou as possibilidades de distribuição e monetização. Esse ambiente favoreceu produtores independentes e empresas de médio porte, que passaram a acessar mercados antes restritos a grandes grupos.
Outro fator decisivo é o comportamento do público global, cada vez mais interessado em narrativas autênticas, linguagens híbridas e diversidade cultural. Características presentes na produção brasileira passaram a ser vistas como diferencial competitivo em um mercado saturado por formatos padronizados.
Para Ferrari, o protagonismo brasileiro não é episódico, mas estrutural. A convergência entre cultura, tecnologia e consumo digital cria bases sólidas para que o país amplie sua influência nos próximos anos, consolidando-se como um dos principais exportadores de criatividade digital no cenário global.
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