Cultura e Entretenimento • 14:28h • 07 de dezembro de 2025
Plataformas estrangeiras avançam no streaming, segundo Ancine
Panorama VOD 2025 aponta baixa circulação de obras nacionais e reforça necessidade de marco regulatório para ampliar visibilidade, diversidade e competitividade do audiovisual brasileiro
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Gov | Foto: Arquivo Âncora1
A Ancine, ligada ao Ministério da Cultura, divulgou o Panorama VOD 2025, estudo que analisa a oferta e a circulação de obras audiovisuais nas plataformas de streaming no Brasil. O levantamento mostra que o setor cresce em assinantes e receita, mas a presença de produções brasileiras nos catálogos mais populares continua baixa e pouco diversa.
Mesmo com a expansão do mercado, as obras nacionais seguem com espaço limitado nas plataformas estrangeiras que lideram a audiência. Segundo o estudo, isso reforça a necessidade de regras que garantam mais equilíbrio, visibilidade e competitividade para o audiovisual brasileiro.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirma que sem um marco regulatório o conteúdo nacional perde espaço nas plataformas mais influentes. Ela destaca que a regulação do streaming é essencial para proteger a diversidade cultural e garantir que as obras brasileiras cheguem ao público.
Baixa presença nas plataformas mais populares
As cinco plataformas de maior audiência no Brasil têm apenas 6,3% de obras brasileiras em seus catálogos, e só 3,4% são produções independentes. Sem o Globoplay, esse número cai para 2,7% nas quatro maiores plataformas estrangeiras. Isso mostra a dificuldade de inserção da produção nacional nos serviços mais consumidos.
A Ancine alerta que, sem regras que reduzam desigualdades, segmentos como documentários, animações e obras independentes seguem sub-representados.
Circulação limitada reduz o alcance das obras
O estudo também revela que a maior parte dos títulos brasileiros está disponível em apenas uma ou duas plataformas, o que diminui o alcance do conteúdo e afeta a rentabilidade das produções.
Apenas 52,3% dos filmes lançados entre 1995 e 2024 estão disponíveis no streaming. O mesmo acontece com obras exibidas na TV por assinatura: só 27,5% migraram para o ambiente digital.
A baixa circulação prejudica produtores e distribuidoras, reduzindo oportunidades de audiência e retorno financeiro.
Plataformas brasileiras sustentam o conteúdo nacional
Mesmo menores, as plataformas brasileiras oferecem mais obras nacionais (3.906 títulos) que as estrangeiras (3.641). Isso mostra que a preservação e a oferta de conteúdo brasileiro dependem principalmente de plataformas locais, que enfrentam competição desigual frente às gigantes globais.
Regulação pode equilibrar o setor
O Panorama mostra que as principais plataformas internacionais vêm reduzindo a presença de conteúdo brasileiro, afetando diversidade e alcance das obras nacionais. Para a Ancine e o Ministério da Cultura, um marco legal para o streaming é fundamental para fortalecer produtores e serviços brasileiros, ampliar a disponibilidade de obras nacionais e garantir um mercado mais justo e sustentável.
O secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares, afirma que o modelo atual não assegura condições equilibradas. Para ele, regular o setor é essencial para proteger a diversidade e garantir oportunidades reais para quem produz no Brasil.
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