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Responsabilidade Social • 13:52h • 17 de abril de 2025

Plataformas devem promover ambiente seguro para jovens, diz instituto

Avaliação é de especialista em educação digital

Da Redação com informações de Agência Brasil | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A responsabilidade por ambientes digitais seguros para crianças e adolescentes é compartilhada entre as famílias e as escolas e não deve estar dissociada da regulação das grandes empresas de tecnologias pelo Poder Público, defende o coordenador de digital do Instituto Alana, Rodrigo Nejm.
A responsabilidade por ambientes digitais seguros para crianças e adolescentes é compartilhada entre as famílias e as escolas e não deve estar dissociada da regulação das grandes empresas de tecnologias pelo Poder Público, defende o coordenador de digital do Instituto Alana, Rodrigo Nejm.

Um adolescente de 17 anos foi filmado ao vivo por 141 pessoas enquanto atirava coquetéis molotov contra um homem em situação de rua, que dormia em via pública no Rio de Janeiro. A vítima sobreviveu, mas teve 70% do corpo queimado e está em estado grave.

De acordo com a Polícia Civil do Rio, o ataque foi incentivado por usuários de um servidor da plataforma Discord, onde circulava um desafio que oferecia R$ 2 mil ao autor do crime. O Discord, popular entre jovens e crianças, foi usado por um grupo criminoso especializado em crimes cibernéticos para promover o ato.

As investigações revelam que este não foi um caso isolado e reforçam os riscos crescentes aos quais crianças e adolescentes estão expostos online — tanto como vítimas quanto como autores de violência. O grupo responsável pelo servidor também é investigado por crimes de ódio, tentativa de homicídio, apologia ao nazismo, maus-tratos a animais, incentivo ao suicídio e divulgação de pornografia infantil.

O caso chamou atenção até de duas agências norte-americanas independentes, que elaboraram relatórios sobre o episódio e colaboraram com as investigações brasileiras.

Responsabilidade digital

Rodrigo Nejm, coordenador de digital do Instituto Alana, defende que a criação de ambientes seguros para crianças e adolescentes na internet é uma responsabilidade compartilhada entre famílias, escolas e o poder público — que deve regulamentar o funcionamento das grandes plataformas digitais.

Nejm acredita que as chamadas "big techs" precisam adotar mecanismos de segurança mais rigorosos, como filtros contra conteúdo violento ou prejudicial, e evitar práticas de design que incentivem o uso compulsivo. “É necessário responsabilizar empresas que falham em proteger os jovens usuários”, afirma.

Verificação etária e regulamentação

Uma das medidas defendidas por especialistas é a verificação etária mais robusta — que vá além da autodeclaração de idade, facilmente fraudada. Está em tramitação no Congresso o Projeto de Lei 2628/2022, que propõe exigência de comprovação de idade para acessar redes sociais e sites pornográficos.

Segundo Nejm, diferentes níveis de verificação podem ser aplicados, de acordo com o grau de risco da plataforma. “O que falta ao Brasil é uma regulação clara que exija esses métodos”, pontua.

Cyberbullying em foco

A discussão sobre a violência digital se intensificou com o sucesso da série Adolescência, da Netflix. Em quatro episódios, a produção retrata o assassinato de uma jovem por um colega de escola, destacando o isolamento dos adolescentes e o despreparo dos adultos frente aos perigos do mundo virtual. Cyberbullying, manipulação e desafios violentos são alguns dos temas retratados.

Juliana Gebrin, psicóloga e neuropsicóloga do Instituto de Psicologia Aplicada e Formação (IPAF), vê na série uma importante ferramenta de conscientização. Segundo ela, a prevenção é essencial, e sinais de bullying devem ser reconhecidos por pais e professores — tanto nas vítimas quanto nos agressores.

“Muitas vezes, quem agride também já foi vítima. Pessoas machucadas acabam ferindo outras, não como justificativa, mas como explicação do ciclo de violência”, afirma.

A especialista aponta que alguns agressores apresentam prazer pelo domínio e pela submissão alheia, muitas vezes sob a falsa ideia de brincadeira. “Isso não é brincadeira. É um comportamento que exige atenção e, muitas vezes, intervenção psicológica”, alerta.

Danos emocionais e sociais

Juliana destaca que vítimas de bullying frequentemente são jovens que fogem de padrões sociais, sejam eles físicos, comportamentais ou culturais. Pessoas com deficiência, crianças tímidas ou da comunidade LGBTQIA+ estão entre os alvos mais comuns.

As consequências vão desde a queda no rendimento escolar até o isolamento, ansiedade, depressão e até tentativas de suicídio. “O bullying destrói relações, autoestima e afeta gravemente a saúde mental. Os impactos emocionais podem ser tão fortes que levam ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)”, conclui a neuropsicóloga.

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