• Incêndio florestal no Morro do Diabo deixa anta ferida e caso mobiliza Apass em Assis
  • Entenda como é formado o Conselho Municipal de Turismo de Assis
  • Florínea realiza audiências públicas para discutir orçamento municipal e investimentos nesta quarta
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 15:21h • 16 de dezembro de 2024

Petrobras vai monitorar Margem Equatorial com tecnologia da Nasa

Programa tem início previsto para 2025

Agência Brasil | Foto: Nasa/Divulgação

O projeto será desenvolvido pela agência espacial americana e pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial
O projeto será desenvolvido pela agência espacial americana e pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial

A Petrobras terá mais um meio para garantir mais segurança em explorações de petróleo na Margem Equatorial, no trecho dos estados do Amapá, Pará e Maranhão. A empresa foi aceita no Programa de Primeiros Usuários (Early Adopters) da missão Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar (Nisar). O sistema é inédito em coleta de imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR), por satélite, para observação da Terra.

O engenheiro Fernando Pellon, consultor sênior da Gerência de Geoquímica do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), explicou que em regiões inundáveis, os manguezais são ecossistemas muito sensíveis a derrame de óleo, por isso serão muito importantes as informações dos mapas de sensibilidade a derrames de óleo.

“Esse mapeamento da região onde os manguezais estão inundados ou não, e quando estão inundados, são informações importantes para fazer um estudo de sensibilidade de derrame de óleo e para mapear a biota que está vivendo naquele local. São duas aplicações práticas da missão e dos objetivos da Petrobras”, informou em entrevista à Agência Brasil.

O projeto será desenvolvido pela agência espacial americana e pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial, com início previsto para 2025, quando também a petroleira brasileira passará a utilizar as imagens no seu projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ).

A Petrobras vai representar um dos 100 projetos da missão. Por parte da empresa, a intenção é monitorar o ambiente marinho e costeiro no trecho dos três estados na Margem Equatorial, além de atualizar o mapeamento desse litoral.

“Essa é uma tecnologia que permite informações sobre determinado alvo sem contato físico com ele. Por exemplo, pode medir remotamente a temperatura da superfície do mar, pode verificar remotamente se uma planta está verde ou com deficiência hídrica, pode identificar a constituição química e mineralógica de uma rocha. Isso tudo é possível recebendo do alto da Terra uma radiação eletromagnética”, explicou.

Mudanças climáticas

Para o engenheiro, o monitoramento vai permitir acompanhar também as mudanças climáticas. “O satélite orbita a 747 quilômetros da Terra e vai obter imagens a cada seis dias de um determinado ponto da superfície da Terra. Vai ter uma cobertura quase contínua de todas as áreas imersas e cobertas de gelo. É uma massa de dados muito interessante. Vai ter informações de biomassa, de desastres naturais, elevação do nível do mar, água subterrânea e vai ter dois sensores. Um da Nasa na chamada banda L e o dos indianos de um comprimento de onda menor na banda S”, disse.

“Um dos pontos relevantes da missão, justamente, é fornecer subsídios em torno das mudanças climáticas e seus impactos, tanto dos meios físicos como a subida do nível do mar e derretimento da cobertura de gelo, como o impacto nos vegetais e na dinâmica urbana. Em tudo isso ele vai fornecer informações muito valiosas para este tipo de trabalho”, pontuou.

Segundo Pellon, atualmente, é comum fazer avaliações com base em fotografias aéreas, imagens óticas que aparecem, por exemplo, no google maps. O engenheiro acrescentou que essas imagens são adquiridas na margem do visível, ou seja, recebem energia por comprimento de ondas que permitem aos olhos humanos enxergarem. Entretanto, existem outras faixas do espectro eletromagnético em que também existe radiação e não são percebidas. Com esse programa vai ser possível obter imagens para análises, mesmo que o céu esteja coberto por nuvens, o que não ocorre com outros sistemas.

“Uma delas é a infravermelho que se tem informação sobre a construção mineralógica e química das rochas. A gente não vê, mas esta informação está disponível e os sensores em aviões ou satélites são capazes de captá-las. No entanto, para essa faixa de espectro nas nuvens elas constituem barreiras, porque esses sensores medem a energia refletida pelo sol. Se a nuvem está no caminho ela é uma barreira e o sensor só consegue pegar a energia refletida pela nuvem. A imagem é cheia de nuvens”, observou.

O consultor do Cenpes adiantou mais uma aplicação significativa do sistema. “Uma outra vantagem do sistema de radar é que como dispõe da sua própria energia, se pode adquirir imagens à noite, porque não depende da luz solar. É como se fosse um flash. Se consegue fazer a imagem no escuro fazendo uma comparação”.

Rio Grande do Sul

Como o satélite terá condição de fazer uma cobertura contínua em toda a área imersa do globo terrestre, o engenheiro disse que pode ajudar também na avaliação dos impactos que o Rio Grande do Sul enfrentou após os desastres ambientais de maio deste ano.

“Vai ter dados também dessa região, por isso é uma missão tão importante”, disse, destacando que a importância das informações aumenta na medida em que são compartilhadas.

“O grande barato hoje é compartilhar, você cresce muito mais compartilhando do que excluindo. De fato, essa questão das mudanças climáticas é um assunto de interesse global, e toda informação de qualquer lugar do mundo é importante”, disse.

O projeto ObMEQ é um dos 13 realizados pelo Cenpes na área de sustentabilidade e meio ambiente para a Margem Equatorial. De acordo com a Petrobras, eles são desenvolvidos em rede por diversas instituições, com a participação de universidades e de outros grupos da região, como costuma ocorrer nas parcerias de pesquisa da empresa.

Transparência

Na visão da empresa, o projeto terá transparência uma vez que fornecerá a configuração sempre atualizada do litoral da Margem Equatorial, disponível para utilização não só de diversas áreas da Petrobras, como de órgãos ambientais e da sociedade, conforme as necessidades de cada um.

“Uma utilização adicional dos dados da Missão Nisar diz respeito à detecção de manchas de óleo na superfície do mar, tanto de origem natural [exsudações] como antrópica [derrames]”, explicou.

O projeto ObMEQ, segundo a empresa, resulta da parceria entre o Cenpes e um ecossistema de universidades e instituições do Norte-Nordeste, liderados pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

“A participação do Cenpes no Early Adopters Program da Missão Nisar é um selo de qualidade científica para o Projeto ObMEQ, uma prova de que a Petrobras e seus parceiros acadêmicos no Brasil estão articulados com o que há de mais avançado na comunidade científica internacional. A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial”, disse.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Policial • 15:16h • 27 de agosto de 2025

Crescem denúncias de pedofilia online em SP; veja como relatar

Delegacia de Repressão à Pedofilia do DHPP chegou a receber em um único dia 50 chamados; média de ligações ao Disque 100 era de 15 denúncias por mês

Descrição da imagem

Economia • 14:38h • 27 de agosto de 2025

Buscas por desconto na conta de luz crescem quase 90% em meio à bandeira vermelha patamar 2

Levantamento da Bulbe Energia mostra que Centro-Oeste e Norte lideram procura por alternativas de economia, diante de tarifas entre as mais altas do país

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 14:05h • 27 de agosto de 2025

Grupo Escoteiro Verbo Divino promove cidadania e inclusão em Assis; veja como participar

Com mensalidade acessível e registro gratuito, iniciativa promove convivência, valores sociais e integração comunitária

Descrição da imagem

Mundo • 13:43h • 27 de agosto de 2025

Anac orienta sobre o transporte de líquidos em voos internacionais, veja as regras

Exigência de embalagem específica para acondicionar itens na bagagem de mão vale desde 2019, com o objetivo de garantir a segurança de passageiros

Descrição da imagem

Cidades • 13:10h • 27 de agosto de 2025

Cândido Mota realiza audiência pública sobre investimentos culturais pela Política Aldir Blanc

Município promove debate sobre o segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc nesta quarta-feira, com participação aberta a artistas e comunidade

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 12:40h • 27 de agosto de 2025

Incêndio florestal no Morro do Diabo deixa anta ferida e caso mobiliza Apass em Assis

Primeiro caso oficial de 2025 no Estado de São Paulo reforça papel da Apass no resgate e cuidado de animais silvestres

Descrição da imagem

Cidades • 12:09h • 27 de agosto de 2025

Entenda como é formado o Conselho Municipal de Turismo de Assis

Órgão reúne poder público, sociedade civil e iniciativa privada e é requisito fundamental para inclusão da cidade no Mapa do Turismo Brasileiro

Descrição da imagem

Educação • 11:35h • 27 de agosto de 2025

USP tem inscrições abertas para residências em áreas da saúde

Programas de residência oferecem bolsas de estudo do Ministério da Saúde no valor mensal de R$ 4.106,09, com início em março de 2026

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?