Ciência e Tecnologia • 15:14h • 26 de setembro de 2025
Pesquisa revela que 78% dos brasileiros querem usar saúde digital
Agendamento online e teleconsulta ganham espaço, mas internet precária e insegurança ainda são barreiras para ampliar o acesso
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da CNI | Foto: Arquivo/Âncora1
Uma pesquisa divulgada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) mostra que 78% dos brasileiros têm interesse em utilizar serviços de saúde digital. Apesar do potencial, apenas 20% afirmam ter usado algum recurso desse tipo em 2025. O levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Nexus, que ouviu mais de 2 mil pessoas em todos os estados entre os dias 13 e 15 de maio, e foi apresentado durante o Conecta Saúde, evento do Movimento Empresarial pela Saúde (MES), em São Paulo.
Segundo os dados, o celular é o principal dispositivo de acesso (96%) e os canais mais utilizados são telefone e WhatsApp (45%), aplicativos de planos de saúde (32%) e o Conecte SUS (31%). Entre os serviços digitais mais procurados estão o agendamento online (57%) e a teleconsulta (49%), seguidos por exames integrados (33%), prescrição digital (23%) e atestado médico (18%). A inteligência artificial já aparece em 10% dos atendimentos como apoio ao diagnóstico.
A satisfação com a saúde digital também cresceu. Em 2025, 81% avaliaram positivamente esses serviços, frente a 73% em 2023. Os principais fatores de aprovação foram praticidade (30%), agilidade (28%) e qualidade no atendimento (14%). Por outro lado, superficialidade no contato (32%), falhas técnicas e demora no agendamento (16%) ainda são apontados como desafios.

Tecnologia aliada à saúde
O estudo revela ainda que quase quatro em cada dez brasileiros (38%) demonstram interesse em utilizar a telemedicina no futuro, especialmente entre jovens de 25 a 40 anos com ensino superior e rendas mais altas. Já a resistência é maior entre pessoas acima dos 40 anos, que preferem o contato presencial. As especialidades mais aceitas em formato digital são nutricionista (44%), psicólogo (42%) e farmacêutico (40%).
Apesar do interesse, o desconhecimento ainda limita a expansão: apenas 10% afirmam conhecer bem ou muito bem os serviços digitais, enquanto 63% nunca ouviram falar ou não sabem como funcionam. Para o superintendente do SESI, Emmanuel Lacerda, o cenário mostra que a transformação digital já é realidade, mas depende de avanços em conectividade e capacitação. “É uma oportunidade concreta de ampliar o acesso, qualificar os serviços e fortalecer a integração entre pacientes, profissionais e instituições”, afirma.
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