Ciência e Tecnologia • 13:40h • 22 de dezembro de 2025
Patente do Ozempic chega ao fim em 2026 e abre caminho para genéricos no Brasil
Decisão do STJ encerra exclusividade da semaglutida e deve ampliar concorrência, reduzir preços e facilitar o acesso ao tratamento
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Agência Voz via Katia Maia | Foto: Divulgação
O mercado farmacêutico brasileiro começa a se preparar para uma mudança relevante a partir de março de 2026. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que a patente do princípio ativo do Ozempic, a semaglutida, não será prorrogada, encerrando a exclusividade da Novo Nordisk no país.
Com o fim da proteção legal, outras farmacêuticas poderão produzir e comercializar versões genéricas da semaglutida, desde que utilizem o nome do princípio ativo, sem qualquer referência à marca Ozempic. Na prática, isso abre espaço para maior concorrência e tende a pressionar os preços para baixo, ampliando o acesso ao medicamento.
A farmacêutica havia solicitado a extensão da patente alegando demora do Instituto Nacional da Propriedade Industrial na análise do pedido protocolado em 2006. No entanto, o STJ entendeu que a legislação brasileira é clara ao fixar o prazo máximo de 20 anos a partir da data de depósito da patente, e não da sua concessão, rejeitando a possibilidade de prorrogação.
Popularizado pelo tratamento do diabetes tipo 2 e pelo uso associado à perda de peso, o medicamento se tornou um dos mais demandados do mercado nos últimos anos. Com a liberação dos genéricos, especialistas avaliam que o cenário deve se tornar mais competitivo e menos concentrado, beneficiando pacientes e o sistema de saúde.
A decisão também reforça um entendimento que vem se consolidando na Justiça brasileira: pedidos de extensão de patentes baseados em atrasos administrativos não têm sido acolhidos, uma vez que não se reconhece falha intencional do órgão regulador. O recado é direto, o prazo legal se encerra e a exclusividade termina.
Até 2026, consumidores, médicos e farmácias devem acompanhar de perto os movimentos da indústria. A expectativa é que o fim da patente acelere o lançamento de novas versões do medicamento e torne a semaglutida mais acessível, alterando de forma significativa o mercado de tratamentos metabólicos no Brasil.
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