Saúde • 10:26h • 15 de agosto de 2025
Para aumentar uso, Ministério da Saúde diversifica oferta de camisinhas no SUS
Além da tradicional, estarão disponíveis as versões texturizadas e fina. Medida reforça a prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis diante da queda da adesão à proteção entre a população, principalmente jovens
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Gov | Foto: Arquivo Âncora1
O Ministério da Saúde começou a distribuir gratuitamente dois novos modelos de preservativo pelo Sistema Único de Saúde (SUS): o texturizado e o fino, que se somam à versão tradicional já oferecida. A iniciativa busca tornar o uso mais atrativo, especialmente para jovens, e reforçar a prevenção contra HIV, hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além de evitar gestações não planejadas.
A ampliação da oferta atende a diferentes preferências e pretende reverter a queda no uso de preservativos registrada nos últimos anos, principalmente entre jovens. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE, 2019) e da Organização Mundial da Saúde (2024) mostram esse recuo, somado à baixa demanda dos insumos por estados e municípios após a pandemia de Covid-19.
Os novos modelos têm embalagens modernas, mas mantêm a mesma eficácia de proteção. A expectativa é distribuir 400 milhões de unidades até o fim do ano. Até agora, o SUS disponibilizava apenas o preservativo masculino, de látex, e o feminino, de látex ou borracha nitrílica.
A ação faz parte da estratégia de Prevenção Combinada, que combina diferentes métodos para reduzir a transmissão do HIV e de outras ISTs. Entre eles: preservativos, gel lubrificante, profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP), diagnóstico e tratamento, vacinação e ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva.
O acesso é simples: as camisinhas estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sem necessidade de documento e sem limite de quantidade.
Uso ainda é baixo
A PNS de 2019 revelou que, entre pessoas com 18 anos ou mais que tiveram relações sexuais no ano anterior, apenas 22,8% usaram preservativo em todas as relações. Outros 17,1% disseram usar às vezes e 59% afirmaram não ter usado nenhuma vez.
As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e se transmitem principalmente em relações sexuais sem preservativo, quando um dos parceiros está infectado. O Ministério da Saúde reforça que o uso correto da camisinha em todas as relações é a forma mais eficaz de prevenção e que ela pode ser retirada gratuitamente em qualquer UBS.
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