Variedades • 17:22h • 11 de setembro de 2025
Os bastidores do presídio de Tremembé: seis curiosidades sobre a prisão mais midiática do Brasil
De cartas psicografadas a fugas improváveis, histórias reais revelam o cotidiano inusitado do Complexo Penitenciário
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da LC Comunicação | Foto: Divulgação

O Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, é conhecido por ser a prisão mais midiática do Brasil, recebendo ao longo dos anos internos que ficaram nacionalmente famosos por crimes de grande repercussão. O local, apelidado de “prisão das estrelas”, já abrigou nomes como Anna Carolina Jatobá, Lindemberg Alves e Luiz Estevão, e acumula episódios que parecem saídos de roteiros de séries de TV.
Baseado no livro Tremembé – o presídio dos famosos (Matrix Editora), do jornalista e escritor Ullisses Campbell, listamos seis curiosidades que mostram o lado menos conhecido da rotina atrás das grades:
Cela dos Espíritos – Coordenada por Luiza Motta, condenada por homicídio ao dirigir embriagada, a cela reunia mulheres que buscavam contato espiritual com suas vítimas. Há relatos de que Suzane von Richthofen teria recebido uma carta psicografada da mãe, com palavras de perdão.
Fuga pela escada de maracujá – Em 2007, a estelionatária Dominique Cristina Scharf, a “Dama do Cárcere”, usou pés de maracujá que cresciam junto ao muro da unidade para escalar os seis metros de altura e fugir. Mesmo com fraturas ao cair do outro lado, conseguiu escapar temporariamente.
Concurso de beleza – O tradicional “Miss Primavera”, promovido pela Secretaria da Administração Penitenciária, já coroou internas em diferentes categorias, como Simpatia, Plus Size e até Mister Tremembé, para custodiados trans e lésbicas com expressão masculina. Sandra Ruiz, a Sandrão, venceu em 2014.
Tráfico de crack – No regime semiaberto, presos chegaram a criar uma passagem no forro de um galpão para comercializar crack dentro da unidade. As pedras eram compradas por R$ 10 e revendidas a R$ 50, até que a prática foi descoberta por denúncia de um usuário.
Café literário – Criado por Gil Rugai, condenado por homicídio e estelionato, o projeto reunia internos de diferentes pavilhões para debater literatura. Entre as obras discutidas, estavam A Divina Comédia, de Dante Alighieri, e Crime e Castigo, de Dostoiévski.
Do cárcere à crônica social – Além desses episódios, Tremembé consolidou-se como um espaço em que rivalidades, crenças religiosas, cultura e estratégias de sobrevivência se misturam, transformando a rotina prisional em um retrato complexo da sociedade.
Essas histórias, embora marcadas por polêmicas, ajudam a entender como o sistema penitenciário brasileiro reflete desafios sociais, culturais e humanos muito além de seus muros.
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