O que avaliar antes de deixar seu pet em um hotel durante as férias

Deixar um animal de estimação em um hotel durante uma viagem é uma decisão que exige mais do que comparar preços ou escolher o lugar mais próximo. Segundo especialistas, o tutor precisa avaliar a estrutura física, a equipe responsável, os hábitos do animal e as medidas de segurança e saúde adotadas pelo estabelecimento.

No momento da entrada no hotel, é obrigatória a apresentação da caderneta de vacinação e a aplicação de um antipulgas ou carrapaticida. Esses cuidados básicos ajudam a preservar a saúde coletiva dos animais hospedados e evitam infestações. Além disso, a qualidade da hospedagem deve ser observada com atenção, especialmente em relação à higiene, alimentação, estrutura e manejo comportamental.

“Jamais reserve sem antes visitar o local. Observe os boxes, a limpeza dos espaços, a forma como armazenam a ração e se há água limpa à disposição. Verifique também como funciona a segurança do ambiente, como grades, altura de muros e proteção para fêmeas no cio”, orienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News.

Ela também recomenda que o tutor relate com clareza os hábitos e manias do animal. Quanto mais informações forem passadas aos cuidadores, melhor será a adaptação do pet. A alimentação é outro ponto importante: muitos hotéis pedem que o tutor leve a ração habitual para evitar desconfortos gastrointestinais.

O momento da despedida, segundo Vininha, exige firmeza: “Mostre-se seguro para que o animal não fique assustado. Alguns cães demoram dois ou três dias para se adaptar, mas acabam aproveitando a experiência com novos ambientes e outras companhias”.

Outro fator essencial é o contrato de serviços. O tutor deve saber o que está incluso na diária e o que será cobrado à parte, como atividades de lazer, exercícios, natação ou atendimento veterinário. Além disso, é importante indicar contatos de emergência e deixar claro qual profissional de saúde deve ser acionado em caso de necessidade.

Alguns hotéis mantêm os cães em boxes individuais, outros em pares ou grupos. A escolha depende do temperamento do animal, mas estudos apontam que a convivência em dupla costuma reduzir a ansiedade desde que não haja histórico de agressividade.

Na hora de buscar o pet, é essencial verificar se todas as condições acordadas foram cumpridas. Caso haja qualquer descumprimento ou suspeita de maus-tratos, a orientação é formalizar a denúncia ao PROCON para evitar prejuízos a outros animais e tutores.

“O animal não pode reclamar, mas um tutor atencioso perceberá imediatamente qualquer sinal de negligência”, finaliza Vininha.