Saúde • 16:38h • 25 de setembro de 2025
Nova diretriz da hipertensão: 5 mudanças que todo brasileiro precisa saber
Atualização das sociedades médicas redefine classificação da pressão arterial e antecipa cuidados para prevenir complicações cardiovasculares
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) divulgaram uma nova diretriz sobre pressão arterial. O documento atualiza parâmetros, incluindo o tradicional 120/80 mmHg, e apresenta mudanças que afetam tanto o diagnóstico quanto o manejo clínico da hipertensão.
Segundo o cardiologista e professor Juan Demolinari Ferreira, do Estratégia MED, a revisão representa um marco para a saúde cardiovascular no Brasil. “A nova diretriz busca identificar e intervir precocemente, com o objetivo de prevenir complicações a longo prazo. É um convite à ação preventiva”, afirma.
A seguir, confira as cinco principais mudanças trazidas pela diretriz:
Maior alerta para a saúde
Agora, quem apresenta pressão a partir de 120/80 mmHg passa a ser classificado como “pré-hipertenso”. O objetivo é ampliar o monitoramento e estimular hábitos preventivos antes que a condição evolua para um quadro mais grave.
Incentivo a mudanças no estilo de vida
Na faixa de pré-hipertensão (120-139/80-89 mmHg), a recomendação é adotar medidas como reduzir o sal, praticar atividade física, controlar o peso e manter alimentação equilibrada.
Mais atenção à medição da pressão em casa
A diretriz reforça a necessidade de usar aparelhos automáticos de braço validados e seguir um protocolo: evitar alimentos, cigarro e cafeína por 30 minutos, exercícios por 90 minutos, e manter o braço na altura do coração durante a medição.
Início mais precoce de medicamentos
Para pacientes com hipertensão estágio 1 e baixo risco, o uso de medicação pode ser iniciado imediatamente, sem aguardar o período de três meses destinado apenas a ajustes de estilo de vida.
Metas de pressão mais baixas
O novo alvo é manter a pressão abaixo de 130/80 mmHg para todos os pacientes hipertensos, quando possível, ampliando a proteção contra eventos cardiovasculares.
As mudanças reforçam a importância do acompanhamento médico regular e de uma rotina de autocuidado. Para Ferreira, a atualização é um passo importante para reduzir a incidência de doenças cardíacas no país: “Com a nova meta, acredito e espero que os índices diminuam no Brasil”.
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