Gastronomia & Turismo • 12:32h • 04 de setembro de 2025
Movimento “A carne do futuro é animal” reforça importância da pecuária e da nutrição com carne
Iniciativa reúne mais de 70 produtores de Mato Grosso e especialistas para reforçar benefícios nutricionais e ambientais da pecuária
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
Uma pesquisa realizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira em parceria com o Datafolha apontou que 7% dos brasileiros se consideram veganos e que 74% cogitam reduzir o consumo de carne por questões de saúde. O levantamento acendeu o alerta entre produtores e especialistas, que questionam a falta de informações técnicas no debate sobre alimentação.
Foi nesse cenário que nasceu, em maio, o movimento “A carne do futuro é animal”, liderado pelo coletivo Canivete Pool, que reúne 74 pecuaristas em 27 municípios de Mato Grosso. O grupo tem como objetivo desfazer mitos e destacar o papel da carne na nutrição humana, na preservação ambiental e na vida social, valorizando a tradição do consumo responsável.
Para o médico Juan Pablo Roig Albuquerque, especialista em psiquiatria metabólica e membro do movimento, reduzir o tema da alimentação a slogans ou pesquisas isoladas é prejudicial. “A carne não é vilã. É um alimento essencial, com alto valor biológico e insubstituível em diversos aspectos nutricionais”, afirma. Ele destaca que nutrientes como ferro, vitamina B12 e creatina estão diretamente associados à saúde cognitiva e metabólica e são difíceis de repor apenas com dietas restritivas.
Os produtores do Canivete Pool reforçam que a pecuária praticada no Brasil tem evoluído com indicadores ambientais positivos, como balanço de carbono até quatro vezes menor que a média nacional e uso de práticas de pasto regenerativo, com rastreabilidade e foco no bem-estar animal. Já em relação à carne cultivada em laboratório, o movimento questiona sua real sustentabilidade, ressaltando que os processos industriais demandam alto consumo de energia, apresentam pegada de carbono elevada e ainda não oferecem clareza sobre valor nutricional.
Com o mote de que “a carne do futuro é animal”, os organizadores defendem que a diversidade alimentar deve ser respeitada, mas alertam que dietas sem acompanhamento médico e suplementação podem comprometer a saúde, principalmente na infância.
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