Mundo • 19:50h • 18 de setembro de 2025
Médicos Sem Fronteiras lança campanha global e pressiona líderes por cessar fogo imediato em Gaza
Organização denuncia genocídio contra palestinos e pede ação urgente da comunidade internacional
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações do MSF | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) lançou uma campanha mundial com o lema “Médicos não podem parar o genocídio. Líderes mundiais, sim”, apelando por um cessar-fogo imediato em Gaza. A iniciativa busca mobilizar a opinião pública e pressionar governos a utilizarem mecanismos políticos, diplomáticos e econômicos para interromper a violência que atinge a população palestina.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 64 mil pessoas foram mortas desde o início do conflito, incluindo 20 mil crianças. Hospitais e instalações médicas foram bombardeados e hoje nenhum hospital funciona em plena capacidade. Os que ainda operam parcialmente enfrentam falta crítica de suprimentos. Até o momento, mais de 1.500 profissionais de saúde foram mortos, entre eles 12 colaboradores da MSF.
Corredor do Hospital Indonésio destruído, em Gaza. Palestina, fevereiro de 2025 | Nour Alsaqqa/MSF
A organização afirma que o cerco imposto por Israel tem privado a população de combustível, alimentos, água e medicamentos. A fome já foi confirmada na Cidade de Gaza, enquanto doenças relacionadas à falta de água potável, como a diarreia aquosa, têm aumentado entre crianças enfraquecidas pela desnutrição. A MSF denuncia ainda que equipamentos de dessalinização e suprimentos básicos têm sido impedidos de entrar no território.
Paciente internado na clínica de MSF em Gaza, que foi ferido enquanto buscava alimentos no local de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza, administrada por Israel e financiada pelos EUA | Nour Alsaqqa/MSF
O apelo internacional da entidade pede medidas concretas, como o fim do cerco, a entrada de ajuda humanitária independente em larga escala, a interrupção de ataques a profissionais de saúde, a permissão para evacuações médicas e a suspensão da venda de armas utilizadas no conflito.
Para a MSF, governos de todo o mundo, ao manterem silêncio, inação ou apoio às autoridades israelenses, tornam-se cúmplices da destruição sistemática da população palestina. O chamado é para que utilizem urgentemente sua influência e garantam um cessar-fogo sustentado.
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