Mundo • 17:09h • 04 de agosto de 2025
Mais da metade das cidades paulistas não registraram homicídios em 2025
Estado de São Paulo tem 372 municípios sem mortes intencionais no 1º semestre; em 10 anos, homicídios caem 33%
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da SSP-SP | Foto: Divulgação

Um levantamento da Secretaria da Segurança Pública revelou que 372 cidades do Estado de São Paulo não registraram nenhum homicídio doloso, aquele com intenção de matar, no primeiro semestre de 2025. Isso representa mais da metade dos 645 municípios paulistas e marca um novo recorde dentro da série histórica de dados sobre a criminalidade no estado.
Essa tendência vem se consolidando nos últimos anos. Em 2023, 353 cidades encerraram o primeiro semestre sem mortes intencionais. Em 2024, esse número subiu para 362. Agora, em 2025, o número saltou para 372, a maior marca já registrada, de acordo com o gráfico oficial divulgado pela Secretaria.
Embora o número absoluto de homicídios dolosos registrados no estado entre janeiro e junho deste ano tenha sido de 1.241 casos, o dado reforça o avanço de ações estratégicas de prevenção e repressão qualificada, que têm sido adotadas de forma integrada pelas forças de segurança.
Em um panorama mais amplo, os índices de homicídios dolosos caíram 33% em 10 anos. Em 2015, foram 3.759 mortes em todo o estado. Em 2024, o número caiu para 2.517, o menor já registrado desde o início da série histórica, em 2001.
Estado de SP amplia número de cidades sem mortes violentas no semestre
O coordenador do Sistema de Informação e Prevenção de Crimes Contra a Vida (SP Vida), major Hudson Rosa, explica que os números refletem um trabalho contínuo e integrado: “Esses números mostram que, aos poucos, com ações estratégicas completamente orientadas para o problema e políticas públicas, o estado de São Paulo tem evoluído no quesito segurança e eficiência no combate à criminalidade.”
Implantado em fevereiro de 2023, o SP Vida reúne as forças de segurança para realizar análises detalhadas sobre os homicídios, considerando não apenas o número de vítimas, mas também dados como gênero, cor, orientação sexual, contexto do crime e motivação. Essas informações, disponíveis ao público, ajudam a guiar políticas públicas mais eficazes e ações preventivas mais direcionadas.
Segundo o major Hudson, as ferramentas digitais e os aplicativos disponibilizados para delegacias e batalhões também contribuem para que o trabalho de prevenção e investigação seja mais preciso. “Mantemos o monitoramento em tempo real e reforçamos as análises para que o combate aos homicídios seja cada vez mais eficiente”, concluiu.
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