Economia • 10:05h • 01 de setembro de 2025
Lucro cresce em julho e bares e restaurantes iniciam semestre em recuperação
Pesquisa da Abrasel aponta melhora nos lucros em julho, mas inflação e inadimplência seguem como desafios para o setor
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Abrasel | Foto: Arquivo/Âncora1

O setor de alimentação fora do lar iniciou o segundo semestre com sinais de recuperação. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 44% dos estabelecimentos registraram lucro em julho, quatro pontos percentuais acima do mês anterior. Outros 37% operaram em equilíbrio, enquanto a fatia de empresas no prejuízo caiu para 18%.
Os dados estão em linha com o Índice Abrasel-Stone, que mostrou crescimento de 0,4% nas vendas no mês, revertendo a retração de -3,7% registrada em junho. Em comparação ao mês anterior, 46% dos empresários relataram aumento no faturamento, 27% apontaram queda e 26% mantiveram estabilidade.
De acordo com Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, o resultado foi impulsionado principalmente pelo período de férias escolares. “As férias de julho costumam trazer um tíquete médio mais elevado e um movimento acima da média nas cidades, especialmente as mais turísticas. É uma oportunidade que muitos empresários aproveitam para recuperar parte das perdas do primeiro semestre”, analisa.
Apesar da melhora, a inflação e a inadimplência ainda preocupam. O estudo revela que, nos últimos 12 meses, 33% dos estabelecimentos não conseguiram reajustar preços, enquanto 60% aumentaram apenas dentro ou abaixo da inflação. A dificuldade em repassar custos reflete o comportamento sensível do consumidor, que ainda resiste a pagar mais em bares e restaurantes.
Outro ponto crítico é a inadimplência: 35% dos empresários afirmaram ter dívidas em aberto, sobretudo com impostos federais (73%), estaduais (53%) e empréstimos bancários (33%). Ainda assim, o otimismo prevalece. Para Solmucci, datas comemorativas e o movimento típico do fim de ano devem ajudar a consolidar a recuperação. “Se o ambiente econômico se mantiver estável, temos confiança de que 2025 poderá encerrar com desempenho superior ao do ano passado”, conclui.
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