Saúde • 18:40h • 15 de agosto de 2025
Homens negros e com histórico familiar devem redobrar atenção para o câncer de próstata
Especialista alerta sobre importância da triagem e destaca avanços em terapias modernas, como a radioterapia com prótons
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Mayo Clinic | Foto: Arquivo/Âncora1
O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns no mundo e pode apresentar comportamentos muito diferentes: alguns casos evoluem lentamente e permanecem localizados, enquanto outros são agressivos e se espalham rapidamente. Para o radio-oncologista Dr. Carlos Vargas, da Mayo Clinic, a detecção precoce é essencial para aumentar as chances de cura, especialmente entre homens negros e aqueles com histórico familiar da doença.
Segundo o médico, a triagem anual com o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico) é simples e pode ser solicitada pelo clínico geral. Níveis elevados do PSA podem indicar a presença de câncer, mas também podem estar relacionados a outras condições. A recomendação é avaliar, junto ao médico, a necessidade do exame considerando idade e fatores de risco, como histórico familiar de câncer de próstata, genes BRCA1 ou BRCA2, e casos de câncer de mama na família.
Estudos apontam que, nos Estados Unidos, homens negros têm maior probabilidade de desenvolver a doença e mais que o dobro de chances de morrer em comparação com outras etnias. “A detecção precoce é muito importante. Quando o câncer de próstata é descoberto no início, há chances reais de tratamento e cura”, reforça o Dr. Vargas. Em casos iniciais, nem sempre é preciso tratar imediatamente: a vigilância ativa, com exames regulares para monitorar a evolução, pode ser indicada.
Nos casos em que o câncer é mais avançado ou metastático, as opções de tratamento incluem cirurgia, terapia hormonal, criocirurgia, quimioterapia e radioterapia com destaque para avanços recentes. Entre eles, a terapia com feixe de prótons de intensidade modulada, que permite direcionar a radiação de forma precisa à próstata, reduzindo efeitos colaterais e melhorando a qualidade de vida durante o tratamento.
De acordo com o especialista, até mesmo pacientes com poucos focos de metástase podem se beneficiar de uma abordagem combinada de radioterapia e tratamento sistêmico, aumentando as chances de remissão e prolongando a sobrevida. “A mensagem é clara: fazer a triagem regularmente não significa necessariamente iniciar um tratamento, mas dá a chance de escolher a melhor estratégia para cada caso”, conclui o Dr. Vargas.
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