Responsabilidade Social • 10:21h • 09 de agosto de 2025
Fundação Florestal reforça combate ao fogo com tecnologia em Unidades de Conservação
Monitoramento por satélite, drones térmicos, capacitação e reforço de equipes integram a resposta do Estado à temporada crítica de incêndios florestais
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Semil | Foto: Governo de SP

Com a estiagem avançando e o risco de queimadas aumentando, a Fundação Florestal, ligada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil), destinou R$ 11 milhões para a Operação SP Sem Fogo em 2025. O objetivo é reforçar a prevenção e o combate a incêndios nas Unidades de Conservação (UCs), com mais tecnologia, equipes ampliadas e novas estratégias de monitoramento e ação rápida.
O investimento permite que a Fundação atue direto nas áreas mais vulneráveis, usando equipamentos modernos e mantendo equipes sempre mobilizadas.
Foram comprados equipamentos como motobombas, mochilas costais, ferramentas e tanques flexíveis de 20 mil litros para levar água a locais difíceis. No total, a Fundação adquiriu 12 motobombas, 1.100 ferramentas manuais, 200 mochilas costais e lanternas táticas para ações rápidas.
A equipe ganhou reforço com 57 novos bombeiros civis, além de uma frota robusta que inclui caminhões-pipa, quadriciclos, veículos leves e caminhonetes com motobombas, todos distribuídos estrategicamente pelo estado.
O monitoramento foi modernizado com tecnologia de ponta: a Fundação usa satélites que detectam focos de calor em tempo real e alimentam sistemas como o SMAC e o PANTERA. Esses sistemas cruzam dados climáticos, tipo de vegetação e histórico de queimadas para emitir alertas até 24 horas antes do fogo começar. Drones com câmeras térmicas ajudam a localizar focos, mesmo em mata fechada e à noite.
Todas essas informações são analisadas na Sala SP Sem Fogo, um centro de comando da Defesa Civil que integra dados meteorológicos, imagens de satélite e relatórios de campo, facilitando a coordenação rápida entre órgãos.
No campo, as equipes da Fundação, treinadas com o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, já realizaram 15 oficinas regionais em 2025, com cerca de 3 mil participantes, além de treinamentos específicos para gestores das UCs.
A estratégia de combate prioriza vigilância constante e o uso combinado de monitoramento aéreo, terrestre e digital. A Fundação também firmou contratos para uso de aviões e helicópteros, facilitando o transporte de equipes e o combate em áreas de difícil acesso.
O sucesso desse modelo é comprovado. Em 2024, a Estação Ecológica do Jataí superou dois incêndios criminosos e mostrou uma forte regeneração natural do cerrado, graças à atuação rápida das equipes. No ano passado, 376 profissionais foram mobilizados, com investimento total de R$ 18 milhões.
Para Rodrigo Levkovicz, diretor-executivo da Fundação Florestal, “a combinação de inteligência climática, presença em campo, treinamento constante e tecnologia de alta precisão é o que garante a proteção eficaz das áreas naturais e seus arredores”.
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