Responsabilidade Social • 15:05h • 08 de dezembro de 2025
Fogos de artifício exigem cuidados extras para proteger cães e gatos nas festas de fim de ano
Especialista do CEUB explica como o barulho intenso pode desencadear medo, acidentes e até paradas cardíacas em animais sensíveis
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações do Sebrae | Foto: Arquivo/Âncora1
O fim de ano aumenta o uso de fogos de artifício em celebrações, mas o barulho pode representar riscos graves para cães e gatos. A exposição ao som intenso gera estresse, aceleração cardíaca, tremores e tentativas de fuga, especialmente em animais frágeis. Segundo Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília, os atendimentos de pets machucados por medo nessa época do ano são recorrentes.
A especialista explica que muitos animais fogem, se ferem ao tentar atravessar grades ou são atropelados ao buscar abrigo. Em idosos ou cardiopatas, episódios de pânico podem levar até a parada cardiorrespiratória. A maior sensibilidade auditiva dos pets também intensifica as reações. Enquanto humanos percebem sons de até cerca de 23 mil Hz, cães alcançam frequências próximas a 45 mil Hz.
Entre os sinais de sofrimento emocional estão busca desesperada por esconderijos, tremores, taquicardia, agitação extrema, salivação excessiva e, em casos mais graves, convulsões. Por isso, o tutor deve identificar rapidamente alterações de comportamento e preparar o ambiente para reduzir o impacto do barulho.
Como proteger seu pet durante os fogos de artifício
Mesmo quando não é possível afastar o animal do local, algumas medidas ajudam a diminuir o estresse sonoro:
- Prepare um ambiente seguro com espaço interno fechado, caminha, cobertor e brinquedos;
- Use som ambiente, como música calma ou white noise, para mascarar ruídos externos;
- Nunca prenda o pet com coleiras ou correntes, pois tentativas de fuga podem causar ferimentos graves;
- Reforce a segurança da casa, mantendo portas e portões fechados e garantindo identificação atualizada. Microchip também facilita o reencontro se houver fuga;
- Evite deixá-lo sozinho, já que a presença do tutor reduz significativamente a ansiedade.
Fabiana Volkweis ressalta que feromônios, calmantes naturais e roupas compressivas podem ajudar em casos leves, mas a prescrição de medicamentos deve sempre ser feita por um médico veterinário. Para animais com cardiopatias, epilepsia ou ansiedade severa, o cuidado precisa ser redobrado.
A docente reforça que o tutor deve manter tratamentos em dia, evitar ambientes barulhentos e utilizar abafadores auriculares específicos sempre com acompanhamento responsável. O objetivo é garantir segurança e conforto durante um período que costuma gerar grande estresse para os pets.
Importante
Diversas cidades brasileiras possuem leis municipais ou estaduais que restringem ou multam a soltura de fogos de artifício, especialmente os de estampido. Antes de utilizar qualquer artefato, é fundamental consultar a legislação local para evitar infrações e preservar o bem-estar dos animais e da comunidade. Leia a Lei nº 17.389 do Estado de São Paulo neste link.
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