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Educação • 13:05h • 16 de julho de 2025

Férias revelam distância entre crianças de alta e baixa renda no Brasil

Estudo revela que crianças de famílias com maior renda acumulam mais de 2 mil horas extras de aprendizado nas férias em comparação às de baixa renda

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Tamer Comunicação | Foto: Divulgação

Recesso escolar escancara desigualdades no acesso a atividades para crianças
Recesso escolar escancara desigualdades no acesso a atividades para crianças

Com o recesso escolar de julho, ganha destaque um tema importante e ainda pouco discutido: as desigualdades no acesso a atividades educativas, esportivas e culturais entre crianças de diferentes classes sociais no Brasil. Segundo o estudo “Cada Hora Importa”, realizado pelo Itaú Social em parceria com o Plano CDE, até o final do Ensino Fundamental, crianças de famílias com maior renda acumulam mais de 7 mil horas adicionais de aprendizado em comparação às que vivem em situação de vulnerabilidade, sendo 2.232 horas somente no período de férias.

O levantamento, divulgado em 2021, combinou dados de diferentes fontes, como a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e o Censo Escolar de 2019, e traçou um retrato claro da distância entre dois extremos: famílias com renda per capita média de R$ 145 e aquelas com R$ 6.929. O estudo aponta que o tempo de aprendizagem fora da sala de aula — como em colônias de férias, cursos e atividades culturais — está diretamente relacionado ao poder aquisitivo familiar.

Enquanto crianças de famílias com maior renda têm acesso facilitado a viagens, clubes, cursos e programações culturais, as de baixa renda enfrentam obstáculos como a falta de recursos, tempo e opções gratuitas ou próximas de casa. “O tempo fora da escola representa uma oportunidade valiosa para que crianças e adolescentes pratiquem atividades esportivas, musicais, literárias e frequentem espaços culturais como teatros, museus e cinemas, experiências que trazem benefícios significativos ao desenvolvimento. Mas o acesso ainda é marcado por desigualdades”, explica Juliana Yade, coordenadora de Educação Infantil do Itaú Social.

Essa realidade reforça a importância de políticas públicas que garantam oportunidades de lazer e enriquecimento cultural a todas as crianças, independentemente do território ou da classe social.

Iniciativas locais para reduzir a desigualdade e gerar inspirações

Apesar das barreiras, iniciativas comunitárias espalhadas pelo Brasil buscam minimizar essa diferença durante o recesso escolar. Em Coruripe, Alagoas, o projeto “Farol da Cidadania” oferece oficinas culturais gratuitas, como capoeira, danças afro-brasileiras, contação de histórias e rodas de conversa sobre identidade racial. “Buscamos contribuir para que crianças e adolescentes permaneçam na escola. As oficinas de arte e esporte são fundamentais para garantir direitos e promover o desenvolvimento integral”, destaca Elytânya Vasconcelos, psicóloga da Associação Vida e Cidadania, responsável pelo projeto.

Em Santa Cruz do Capibaribe (PE), a Associação Comunitária Olavo Bilac mantém o “Projeto Família Titãs”, que oferece cursos profissionalizantes, de informática e oficinas de geração de renda para estudantes e seus familiares. “Neste ano, já tivemos oficina de ‘Ovos de Páscoa de Colher’ como complemento de renda familiar e estamos programando cursos de design de sobrancelhas para mães e de informática para crianças”, conta Joana Darc, coordenadora do projeto.

Já no município de Afuá, no Pará, o projeto “Infância de Valor: Caminhos para a Educação” preparou uma programação especial de férias no Complexo de Atividades Emily Galdino, com brincadeiras, gincanas ao ar livre e brinquedos como pula-pula. “Sabemos que o município não tem cinemas ou parques, então estamos trazendo esses momentos para dentro do nosso espaço, com direito a pipoca e filme especial para as crianças”, explica Priscila Rodrigues, representante da organização.

Esses projetos demonstram que, mesmo diante de desafios estruturais, é possível criar alternativas inclusivas e transformadoras. Mas também evidenciam que, para garantir o direito ao lazer, à cultura e ao aprendizado durante as férias, é preciso ampliar o alcance de políticas públicas que assegurem o acesso igualitário a todas as crianças e adolescentes.

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