Saúde • 15:05h • 29 de dezembro de 2025
Febre em tempos de viroses: quando observar, quando agir e quando buscar ajuda
Sintoma comum no calor, a febre nem sempre é inimiga e pode indicar reação natural do organismo
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Medellin Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Durante períodos de calor intenso e maior circulação de vírus, a febre costuma ser um dos primeiros sinais a chamar a atenção de pais, cuidadores e adultos em geral. Embora cause apreensão, o sintoma nem sempre representa gravidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a febre é, na maioria das vezes, uma resposta natural do corpo diante de infecções e pode atuar como aliada no combate a agentes invasores.
Com o aumento das viroses sazonais e das arboviroses, especialmente nos meses mais quentes, entender o papel da febre ajuda a evitar tanto alarmismo desnecessário quanto atrasos perigosos na busca por atendimento médico.
Por que a febre acontece
A febre não é uma doença, mas um sinal de que o organismo está reagindo a algum processo inflamatório, geralmente causado por vírus ou bactérias. Ao elevar a temperatura corporal, o corpo cria um ambiente menos favorável à multiplicação desses agentes e estimula o funcionamento do sistema imunológico.
Segundo a infectologista Dra. Jéssica Ramos, integrante do núcleo de infectologia do Hospital Sírio-Libanês, o contexto é mais importante do que o número isolado no termômetro. A febre pode acompanhar quadros leves, como gripes e resfriados, mas também aparecer em doenças que exigem atenção imediata.
Viroses e arboviroses: atenção redobrada
As viroses são infecções causadas por diferentes vírus e podem afetar o sistema respiratório, digestivo ou a pele. Já as arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, são transmitidas por mosquitos e costumam começar com febre associada a sintomas inespecíficos, como dor no corpo e mal-estar, o que dificulta o diagnóstico inicial.
Nesses casos, observar sinais associados faz toda a diferença. Febre acompanhada de manchas pelo corpo, sonolência excessiva, dificuldade para respirar, dor intensa ou vômitos persistentes exige avaliação médica imediata.
Quando a febre merece investigação
A definição atual considera febre a temperatura axilar igual ou superior a 37,5ºC, ou 38ºC quando medida por via oral ou retal. Mais do que o pico de temperatura, a duração do sintoma deve ser levada em conta.
Febres que persistem por mais de 48 horas, que retornam após um período de melhora ou que atingem valores elevados de forma contínua precisam de investigação. Doenças como pneumonia, infecções urinárias, tuberculose e até quadros de sepse podem ter a febre como manifestação inicial.
O que fazer em casa e o que evitar
Nem toda febre precisa ser combatida imediatamente. Em quadros leves, manter hidratação adequada, roupas leves e repouso costuma ser suficiente. O uso de antitérmicos deve ser orientado por um profissional de saúde, especialmente em crianças.
Evitar a automedicação é fundamental. Antibióticos, por exemplo, não tratam infecções virais e seu uso inadequado pode trazer riscos.
Informação como aliada da prevenção
Em períodos de maior circulação de vírus, a febre passa a ser um termômetro coletivo da saúde da população. Saber interpretá-la com calma, observar sinais associados e buscar atendimento no momento certo ajuda a reduzir complicações e a garantir um cuidado mais seguro, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
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