Mundo • 19:33h • 25 de agosto de 2025
Estudos comprovam: filhos de pais ativos têm notas mais altas e mais autoconfiança
Presença paterna ou de figuras substitutas influencia notas, comportamento e até autoestima das crianças
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da EDB Comunicação | Foto: Divulgação
Notas mais altas, menos evasão escolar, melhor comportamento em sala de aula e até mais autoconfiança. Esses são alguns dos resultados comprovados por pesquisas científicas quando o pai — ou uma figura paterna adotiva ou responsável — participa ativamente da vida escolar dos filhos. O tema, que vai além de datas comemorativas, reforça a importância de entender a educação como um processo em que a família é parte indispensável.
Uma meta-análise da Universidade de Harvard, publicada em 2019, mostrou que o envolvimento do pai está diretamente ligado ao desempenho acadêmico e ao bem-estar emocional das crianças. O estudo indica que a simples presença nas tarefas de casa, nas leituras compartilhadas e nas conversas do dia a dia pode transformar não apenas o boletim escolar, mas também a autoestima e a estabilidade emocional dos estudantes.
Segundo Andrea Piloto, diretora pedagógica de operações da Escola Vereda, o impacto vai muito além das notas. “É fundamental que os pais compreendam que seu papel não se limita a prover ou a comparecer em reuniões escolares esporádicas. Estar presente no dia a dia educacional, ouvir, participar, ajudar nas tarefas e manter um vínculo afetivo consistente tem impacto direto no aprendizado e na autoconfiança dos filhos”, destaca. Dados do National Center for Education Statistics (NCES) reforçam: alunos com pais mais presentes têm 39% mais chances de obter notas acima da média.
O papel substitutivo dos pais adotivos ou responsáveis
Pesquisas também comprovam que o impacto positivo não se restringe à figura do pai biológico. Estudos do Father Involvement Research Alliance mostram que o apoio de qualquer figura paterna seja um pai adotivo, um padrasto ou outro responsável que exerça esse papel funciona como fator de proteção contra dificuldades emocionais e acadêmicas. “No ambiente escolar, isso se traduz em mais motivação, rendimento e sociabilidade. A criança percebe que é importante e que alguém acompanha sua trajetória”, explica Andrea.
Um levantamento da OCDE, em 2020, reforça a relevância da presença paterna: filhos de pais que leem para eles nos primeiros anos de vida têm desempenho até 25% melhor em leitura e escrita aos 15 anos. O dado é ainda mais significativo em famílias adotivas, nas quais o acompanhamento escolar fortalece vínculos e cria um ambiente de pertencimento e segurança.
Educação como vínculo emocional
O impacto da presença paterna na escola também se reflete em competências para a vida adulta. Segundo especialistas, estimular autonomia, disciplina e empatia são legados que ultrapassam as paredes da sala de aula. Mais do que isso, o envolvimento do pai ou responsável no processo educacional transmite à criança a certeza de que ela é valorizada.
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