Responsabilidade Social • 15:44h • 14 de setembro de 2025
Estudo mostra que cidades com mais áreas verdes têm menos internações por doenças respiratórias
Pesquisa da PUCPR analisou quase todos os municípios do Paraná e identificou que praças, parques e áreas arborizadas ajudam a reduzir casos de internações ligadas a problemas respiratórios. O estudo também relaciona pobreza a maior incidência dessas doenças
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Arquivo Âncora1
Um levantamento realizado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) revelou que municípios com mais áreas verdes registram menos internações hospitalares por doenças respiratórias. O estudo usou dados públicos de órgãos como Datasus, IBGE, Secretaria Nacional de Trânsito e Instituto Água e Terra do Paraná, analisando informações de 397 das 399 cidades paranaenses.
A chamada infraestrutura verde urbana — composta por praças, parques, jardins planejados, fragmentos e reservas florestais, bosques e arborização — mostrou impacto direto na saúde da população. “Combinamos várias informações em uma análise de ciência de dados e constatamos a relação entre vegetação e saúde respiratória”, explicou Luciene Pimentel, professora da PUCPR e uma das autoras.
Além da influência das áreas verdes, a pesquisa identificou que municípios com maiores índices de pobreza apresentam mais internações hospitalares. Os dados foram coletados entre 2021 e 2022 e publicados em revista internacional da MDPI.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 4 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de doenças respiratórias, sendo 40% por doenças pulmonares obstrutivas crônicas. O problema é agravado pela poluição atmosférica: 99% da população mundial respira ar em níveis acima do recomendado.
Os pesquisadores defendem que os resultados podem ajudar na formulação de políticas públicas de saúde e sustentabilidade, reduzindo custos com hospitalizações e faltas ao trabalho e à escola. A equipe já planeja aprofundar o estudo em Curitiba, em escala intraurbana, incluindo medições sobre a distribuição de pólen e o impacto de doenças específicas, como a asma, que tem aumentado em crianças no mundo todo.
A meta, no futuro, é expandir a pesquisa para outros estados e construir um panorama nacional sobre a relação entre áreas verdes e saúde respiratória.
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