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Saúde • 08:19h • 14 de maio de 2025

Estudo da USP liga amamentação à prevenção da hipertensão

Pesquisa em animais mostra que o ambiente pós-natal afeta a saúde cardiovascular e aponta que desequilíbrios na microbiota surgem antes mesmo da hipertensão

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Divulgação/USP

Mesmo com predisposição à hipertensão, camundongos amamentados por mães normotensas tiveram redução da pressão arterial quando adultos.
Mesmo com predisposição à hipertensão, camundongos amamentados por mães normotensas tiveram redução da pressão arterial quando adultos.

Um estudo inédito do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP revelou que o período pós-natal — especialmente a amamentação — tem papel importante no desenvolvimento da hipertensão e na formação da microbiota intestinal. Publicada na revista Pharmacological Research, a pesquisa mostra que alterações na microbiota ocorrem já nas primeiras semanas de vida, antes mesmo do aumento da pressão arterial, o que sugere que esse desequilíbrio não é apenas uma consequência da doença, mas pode ser uma das causas.

A pesquisa foi desenvolvida durante o doutorado da biomédica Patrizia Dardi, com orientação da professora Luciana Venturini Rossoni e apoio da Fapesp. Utilizando um protocolo de amamentação cruzada, os pesquisadores observaram que ratos geneticamente predispostos à hipertensão (da linhagem SHR) amamentados por mães com pressão normal apresentaram cerca de 5% de redução na pressão arterial quando adultos — em comparação com os que foram criados por mães hipertensas.

Filhotes com pressão normal amamentados por mães hipertensas sofreram alterações na microbiota que não afetaram os níveis de pressão arterial, com modificações na diversidade bacteriana. Foto: Divulgação/USP

“Embora esses animais continuem hipertensos, a redução de cerca de 10 mmHg já é suficiente para diminuir o risco de danos em órgãos como coração, rins e retina”, explica a professora Luciana.

Microbiota mais saudável

Além da pressão arterial, o estudo analisou a composição da microbiota intestinal nas primeiras semanas de vida. Os ratos SHR já apresentavam disbiose — desequilíbrio nas bactérias intestinais — antes do surgimento da hipertensão. As mudanças afetavam especialmente bactérias menos abundantes, mas essenciais ao bom funcionamento do intestino e do sistema imunológico.

Nos ratos SHR amamentados por mães normotensas, a microbiota ficou mais parecida com a de animais saudáveis, mesmo sem aumento da diversidade bacteriana. “Essas bactérias minoritárias funcionam como espécies-chave no metabolismo e na imunidade”, destaca Patrizia.

O estudo também constatou que ratos normotensos, quando amamentados por mães hipertensas, apresentaram mudanças na microbiota, mas sem alteração na pressão arterial. Isso reforça que a hipertensão depende de uma interação complexa entre genética, ambiente e microbiota.

Compostos produzidos por bactérias também interferem na pressão

Os pesquisadores analisaram ainda substâncias produzidas pelas bactérias intestinais, como o butirato (um ácido graxo de cadeia curta com ação anti-inflamatória) e o sulfeto de hidrogênio. Nos ratos SHR, a produção de butirato já era reduzida nas primeiras semanas de vida. Apesar de a amamentação cruzada não ter aumentado a produção dessa substância, houve melhora na sua absorção pelo intestino, o que está relacionado ao ambiente da amamentação.

Ao contrário do que se pensava, os SHR produziram mais desse composto, ligado a bactérias que podem agravar a inflamação e a disfunção dos vasos sanguíneos em concentrações elevadas.

Prevenção desde cedo

A descoberta de que a disbiose antecede o surgimento da hipertensão sugere que intervenções precoces na microbiota, ainda na infância, podem ajudar na prevenção da doença. O estudo também levanta uma nova questão: até que ponto a microbiota da mãe — transmitida ao filhote pelo parto, amamentação e contato físico — influencia o risco futuro de hipertensão?

“Precisamos entender melhor como a microbiota materna contribui para esse processo e se a disbiose observada nos filhotes tem origem nas mães hipertensas”, conclui Luciana.

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