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Saúde • 09:25h • 28 de novembro de 2025

Estudo da Fiocruz avalia como um suicídio afeta a vida de quem morava junto

43,6% das mortes de quem sobreviveu ao suicídio de parente ou de alguém que morava junto acontece em até dois anos após. Pesquisadores analisaram base de dados nacional, o Sistema de Informações sobre Mortalidade

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Gov | Foto: Arquivo Âncora1

O aumento da mortalidade entre os membros familiares expostos a um suicídio inicial ocorreu tanto por causas externas, como agressões e quedas, quanto nas mortes por doenças crônicas, como câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios.
O aumento da mortalidade entre os membros familiares expostos a um suicídio inicial ocorreu tanto por causas externas, como agressões e quedas, quanto nas mortes por doenças crônicas, como câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios.

A perda de um familiar por suicídio produz efeitos que se estendem muito além do evento imediato. Entre os familiares que conviviam com a pessoa falecida, as repercussões afetam de maneira substancial o processo de luto, assim como a saúde e o bem-estar.

Segundo estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz, familiares coabitantes de alguém que morreu por suicídio apresentam 32% mais risco de morrer por qualquer causa e mais de quatro vezes o risco de morrer por suicídio.

Realizada pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos em Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), a pesquisa utilizou dados da Coorte de 100 Milhões de Brasileiros , uma das maiores bases populacionais do país, vinculada ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), e analisou registros de 2001 a 2018. Foram identificados 47.982 primeiros casos de suicídio dentro da família e todos os demais residentes dessas casas foram considerados expostos a este evento.

Segundo a pesquisadora que liderou o estudo, Flávia Alves, também foram analisados os fatores de risco associados ao aumento da mortalidade, as condições domiciliares e o tempo desde o evento de suicídio e as mortes subsequentes entre os familiares coabitantes. “A possibilidade de identificar os fatores associados à recorrência de suicídio entre familiares que viviam no mesmo domicílio — somada à evidência de que grande parte desses desfechos ocorre nos primeiros anos após a perda — oferece uma perspectiva essencial para o fortalecimento das ações de posvenção”, destaca a pesquisadora.

Exposição como fator-chave

De acordo com o estudo, 43,6% dos óbitos entre familiares coabitantes ocorrem até dois anos após o caso inicial de suicídio ao qual foram expostos, período em que o impacto emocional e social tende a ser mais intenso.

“Mais da metade dos suicídios ocorreu dentro de dois anos após o caso inicial de suicídio. Os riscos de mortalidade foram mais elevados quando os casos-índice eram jovens (16%) ou do sexo feminino (27%) e entre aqueles que viviam em condições mais precárias de moradia”, aponta Flávia.

A pesquisadora também conta que o estudo supera as limitações de pesquisas anteriores, que geralmente se restringiam a contextos de alta renda, utilizavam amostras reduzidas e não incluíam grupos de comparação populacionais. “Este estudo utilizou uma grande coorte populacional para superar essas lacunas, fornecendo poder estatístico suficiente para examinar desfechos e exposições raras, incluindo a ocorrência e recorrência de suicídio entre membros familiares coabitantes”, explica.

Urgência em estratégias de posvenção

O aumento da mortalidade entre os membros familiares expostos a um suicídio inicial ocorreu tanto por causas externas, como agressões e quedas, quanto nas mortes por doenças crônicas, como câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios.

Para os pesquisadores, isso sugere que o impacto do suicídio sobre os familiares é mais amplo do que se imagina, podendo envolver estresse prolongado, adoecimento mental, dificuldades no acesso a cuidados de saúde.

“Esses achados destacam a necessidade de intervenções oportunas, que vão além das esferas clínicas e individuais, abordando também os aspectos socioeconômicos como parte das estratégias de prevenção”, ressalta a pesquisadora.

Flávia também afirma que o trabalho pode ser utilizado por gestores para formular políticas públicas e incluir ações de prevenção ao suicídio nos programas de saúde pública, a fim de evitar mortes prematuras. E dados do Sistema de Informação em Mortalidade enfatizam a urgência: foram mais de 16,8 mil óbitos por suicídio notificados em 2023.

“Os achados reforçam a necessidade de estratégias integradas de posvenção, incluindo acompanhamento do luto, suporte psicossocial e acompanhamento clínico, especialmente em contextos com menos recursos, a fim de promover a equidade em saúde mental global e avançar na Meta 3.4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: reduzir a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis e promover o bem-estar mental”, conclui.

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