Educação • 10:01h • 03 de agosto de 2025
Estudantes aprendem a dizer não às apostas com educação financeira nas escolas
Com 300 mil estudantes inscritos, Olimpíada nacional incentiva consciência sobre riscos do jogo e letramento financeiro desde cedo
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Mention | Foto: Divulgação

A crescente exposição de crianças e adolescentes às apostas online tem acendido um alerta entre educadores, autoridades e especialistas em saúde mental. Segundo dados do Unicef, 22% dos adolescentes brasileiros realizaram sua primeira aposta antes dos 11 anos de idade, revelando uma iniciação precoce a práticas que envolvem alto risco financeiro e emocional. Com plataformas digitais acessíveis e criadores de conteúdo promovendo jogos de azar de forma indireta, o cenário exige ações educativas urgentes e integradas.
Para enfrentar essa realidade, a Tangram, plataforma de educação financeira, promoveu no mês de junho a maior Olimpíada Online de Educação Financeira do Brasil, reunindo mais de 300 mil estudantes da rede pública e privada. O tema da edição de 2025 foi justamente a prevenção aos riscos das apostas online, e a proposta ofereceu uma competição gamificada que uniu conhecimento sobre finanças, empreendedorismo e inteligência emocional, buscando fortalecer o senso crítico dos jovens frente à cultura da aposta fácil.
Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública revelam que 55% dos adolescentes entre 14 e 17 anos que acessam sites ilegais de apostas apresentam algum grau de transtorno ou risco de dependência. Nesse contexto, ações como a Olimpíada da Tangram são vistas como estratégicas. “Dinheiro deve ser, sim, assunto de criança, mas por um viés completamente diferente. Ensinar desde cedo o valor do dinheiro e os impactos das decisões financeiras é uma forma concreta de proteger esses jovens”, destaca Felipe Baldi, fundador da plataforma.
A iniciativa propõe uma abordagem lúdica e informativa sobre o universo financeiro, promovendo a autonomia e o pensamento crítico entre os participantes. Além de combater o avanço das apostas, a proposta busca influenciar positivamente o comportamento de consumo e o planejamento de futuro da nova geração.
Com o aumento das apostas disfarçadas de jogos ou influências em redes sociais, a educação financeira se firma como uma das ferramentas mais eficazes na prevenção de danos.
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