Saúde • 15:05h • 30 de agosto de 2025
Esclerose múltipla: doença autoimune afeta principalmente mulheres entre 20 e 40 anos
Dia Nacional da Esclerose Múltipla reforça importância da detecção precoce e do acompanhamento multidisciplinar
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Midiaria | Foto: Divulgação
O dia 30 de agosto marca o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, condição neurológica crônica, autoimune e sem cura que atinge cerca de 40 mil pessoas no Brasil e 2,9 milhões em todo o mundo. A data busca ampliar o conhecimento sobre a doença, destacar a importância do diagnóstico precoce e dar visibilidade aos desafios enfrentados pelos pacientes.
Casos recentes envolvendo celebridades ajudaram a ampliar o debate. A apresentadora Carol Ribeiro, diagnosticada em 2024, relatou fadiga intensa, visão turva e dificuldade motora como os primeiros sinais. A atriz Ludmila Dayer, diagnosticada em 2022, adaptou a rotina para priorizar o tratamento, e Guta Stresser, conhecida pelo papel em A Grande Família, descobriu a doença em 2021 e realiza acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), destacando a relevância do acesso público ao cuidado especializado.
Segundo o neurologista Heitor Felipe, professor da Afya Educação Médica em Goiânia, a esclerose múltipla ocorre quando o sistema imunológico ataca a mielina, camada protetora dos neurônios. “É como se o corpo começasse a destruir sua própria fiação elétrica. Isso compromete a transmissão dos impulsos nervosos, que podem se tornar lentos, confusos ou nem chegar ao destino final”, explica. Os sintomas variam e incluem fadiga, formigamento, dificuldade para caminhar, visão turva, espasmos e alterações cognitivas.
Clinicamente, a doença se divide em dois principais tipos: remitente-recorrente, que responde por cerca de 80% dos casos e é caracterizada por surtos seguidos de recuperação, e progressiva, que evolui de forma contínua e com menor reversão dos sintomas. A faixa etária mais atingida está entre 20 e 40 anos, com maior incidência entre mulheres e em pessoas brancas.
Apesar de ainda não haver cura, avanços médicos têm melhorado o tratamento. O especialista destaca que o acompanhamento precoce e contínuo, associado a terapias com equipes multidisciplinares, pode garantir maior qualidade de vida e preservar a autonomia do paciente. “A atuação conjunta de médicos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais é fundamental, assim como a prática de atividades físicas e programas de reabilitação”, afirma Felipe.
A conscientização, o acesso a diagnóstico e a adesão ao tratamento seguem como pilares para enfrentar a esclerose múltipla, reduzindo os impactos da doença e possibilitando que milhares de pacientes tenham uma vida ativa e saudável.
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