Mundo • 16:05h • 20 de agosto de 2025
Epidemia de placas clonadas na capital pode atingir quem viaja de Assis e região
Capital paulista registrou mais de 2.600 casos no último ano e problema afeta também quem viaja de outras cidades, inclusive do interior
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Quem costuma viajar para São Paulo deve ficar atento. A capital paulista enfrenta uma verdadeira epidemia de clonagem de placas veiculares, crime que não escolhe vítimas e pode atingir também motoristas do interior que circulam pela cidade.
Segundo o Detran-SP, foram registrados mais de 2.600 casos de suspeita de clonagem no último ano, o que representa uma média de sete vítimas por dia. Apenas em junho de 2025, foram contabilizadas 5.579 ocorrências de falsificação de placas em motocicletas. As placas ilegais podem ser compradas facilmente pela internet por valores entre R$ 20 e R$ 30, alimentando quadrilhas que geram prejuízos e transtornos a motoristas inocentes.
O problema teve origem em 2019, quando a Resolução 780 do Contran retirou itens de segurança da placa padrão Mercosul, atual PIV. Entre os elementos eliminados estavam o lacre, a faixa holográfica, as ondas senoidais na película refletiva, a bandeira do estado, o brasão da cidade e até o chip RFID. O QR Code, mantido como recurso, serve apenas para controle de produção e arrecadação, sem oferecer proteção real contra falsificação.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reconheceu a gravidade da situação ao lançar o programa Smart Sampa, que equipa motos da PM e da Guarda Civil Metropolitana com câmeras para leitura de placas. Ele admitiu que a retirada do lacre fragilizou os mecanismos de controle. O prefeito da capital, Ricardo Nunes, já solicitou oficialmente ao governo federal a volta do dispositivo.
Apesar dessas medidas, especialistas alertam que apenas o reforço físico das placas, com elementos visíveis e difíceis de falsificar, como acontece em passaportes e CNHs, poderá frear de fato a escalada das fraudes.
Para motoristas do interior que viajam com frequência à capital, o alerta é claro: redobrar os cuidados, manter documentos em dia e procurar ajuda imediatamente em caso de notificações suspeitas ou multas indevidas. Enquanto a definição sobre o retorno dos itens de segurança não é tomada pelo Governo Federal, o risco de cair em golpes segue alto.
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