Educação • 12:30h • 05 de agosto de 2025
“Energéticos” nas lancheiras escolares preocupam médicos e pediatras
Entidades recomendam substituição do termo “energético” por “estimulante” e reforçam que o consumo desses produtos pode comprometer a saúde física e mental dos jovens
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Bradart Comunicação | Foto: Arquivo/Âncora1

A Rede de Clínicas Total Kids, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), está promovendo uma campanha de conscientização sobre os riscos do consumo de bebidas estimulantes por crianças e adolescentes. O alerta ganha força diante da crescente presença desses produtos nas lancheiras escolares, muitas vezes confundidos com opções seguras de hidratação.
De acordo com o pediatra Dr. Antonio Turner, coordenador da Total Kids, o consumo dessas bebidas pode causar sérios danos à saúde. “Elas estão associadas a doenças cardiovasculares, obesidade, irritabilidade, insônia e queda no rendimento escolar. Não são apropriadas para o público infantil”, destaca o médico. Por isso, as entidades sugerem a substituição do termo “bebidas energéticas” por “bebidas estimulantes”, para evitar que o nome induza pais e responsáveis a um falso senso de segurança.
A recomendação das entidades é clara: menores de 18 anos não devem consumir esse tipo de produto. A SBP enfatiza, inclusive, os perigos da associação com bebidas alcoólicas, comum entre adolescentes, o que pode mascarar os efeitos do álcool e aumentar o risco de intoxicação. Já a AAP afirma que a cafeína não deve fazer parte da dieta de crianças, e estabelece um limite máximo de 100 mg por dia para adolescentes de 12 a 18 anos — o equivalente a uma xícara pequena de café.
Entre os efeitos adversos do consumo excessivo de cafeína estão ansiedade, insônia, dor de cabeça, taquicardia, hipertensão, desidratação e problemas digestivos. Além disso, ingredientes como guaraná e outras substâncias estimulantes também devem ser monitorados, mesmo em versões tidas como “naturais”.
A Rede Total Kids orienta pais, educadores e responsáveis a lerem atentamente os rótulos dos produtos e a conversarem com os jovens sobre hábitos saudáveis. “É essencial reforçar que hidratação de verdade vem da água, dos sucos naturais e de uma alimentação equilibrada. Bebidas com altas doses de estimulantes devem ser evitadas por completo durante a infância e adolescência”, finaliza o Dr. Turner.
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