Educação • 14:35h • 07 de novembro de 2025
Enem e Fuvest: o que muda entre os dois maiores vestibulares do país
Especialista explica diferenças de formato, conteúdo e redação entre as provas e destaca como a preparação integrada pode fazer a diferença no desempenho
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Betini Comunicação | Foto: Arquivo/Âncora1
A chegada do período de vestibulares representa um dos maiores desafios na trajetória escolar dos estudantes. Mais do que dominar conteúdos, é necessário compreender o formato e o objetivo de cada prova. Entre os principais caminhos para o ensino superior estão o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) — que permite ingresso via Sisu, ProUni e até universidades estrangeiras — e a Fuvest, responsável pela seleção para a Universidade de São Paulo (USP).
As diferenças entre os dois exames estão no conteúdo, estrutura das questões, metodologia de correção e foco da redação. O Enem utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI), sistema que atribui pesos diferentes conforme a dificuldade das perguntas, reduzindo o impacto de acertos aleatórios. Essa metodologia confere validade internacional ao exame, reconhecido por instituições de países como Canadá e Portugal. Já a Fuvest aplica o modelo clássico de pontuação, em que cada acerto tem valor fixo e direto.
Na redação, o contraste é ainda mais marcante. O Enem exige uma proposta de intervenção social e vale até 1.000 pontos, influenciando significativamente o resultado final. A Fuvest, por sua vez, valoriza um texto mais analítico e conceitual, voltado a reflexões filosóficas, científicas ou culturais, sem necessidade de intervenção prática.
Outra distinção está no tempo e formato da prova. O Enem é extenso e interdisciplinar, exigindo gestão de tempo e capacidade de relacionar diferentes áreas do conhecimento em contextos cotidianos. Já a Fuvest mantém estrutura mais tradicional e conteudista, com foco em domínio teórico aprofundado, embora venha incorporando gradualmente temas interdisciplinares.
A preparação, em ambos os casos, deve ser contínua e estratégica. Na Escola Gracinha, por exemplo, o processo é estruturado desde o Ensino Fundamental, integrando simulados, itinerários formativos e projetos de vida que ajudam os alunos a construir repertório e traçar caminhos de carreira. O colégio mantém simulados nos moldes do Enem e da Fuvest, além de parcerias, como com a Redação Online, para aprimorar técnicas argumentativas. Essa metodologia já gerou resultados expressivos, como medalhas em olimpíadas acadêmicas.
Para quem busca se destacar nos vestibulares, o especialista lista quatro orientações essenciais:
Quatro dicas para ir bem no Enem e na Fuvest
- Pratique provas: faça simulados nos formatos do Enem (TRI) e da Fuvest (conteudista e discursiva);
- Organize o tempo: no Enem, adote estratégias de agilidade; na Fuvest, foque no domínio aprofundado das matérias;
- Aprimore a redação: no Enem, desenvolva proposta de intervenção; na Fuvest, exercite argumentação conceitual, cultural ou científica;
- Amplie o repertório: mantenha-se atualizado em temas sociais para o Enem e fortaleça referências filosóficas e acadêmicas para a Fuvest.
Contribuições de Paulo Rota
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