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Responsabilidade Social • 07:52h • 03 de outubro de 2024

É preciso proteger os direitos dos mais velhos

Mesmo com um estatuto vigente para os idosos, Brasil enfrenta desafios no combate ao preconceito e na inclusão social de uma população idosa crescente

Da Redação/CUT | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A população idosa cresceu 39% nos últimos anos.
A população idosa cresceu 39% nos últimos anos.

O Dia Internacional e Nacional da Pessoa Idosa é comemorado no dia 1º de outubro, uma data que coincide com a aprovação da Lei n.º 10.741, em 2003, que estabeleceu o Estatuto da Pessoa Idosa que garante o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

No entanto, para que essa mudança ocorra são necessárias políticas públicas eficazes e um compromisso real com a inclusão dos idosos. O Brasil, apesar de ter instituído o Estatuto da Pessoa Idosa, carece de uma proteção jurídica robusta e de ações concretas que garantam o bem-estar e a dignidade dessa população.

Este marco jurídico, ainda pouco difundido na sociedade, deveria ser um instrumento central na proteção dos direitos dos mais velhos. No entanto, 21 anos após sua promulgação, o Brasil continua a enfrentar sérios desafios relacionados ao envelhecimento populacional e ao preconceito contra os idosos, o chamado etarismo.

"O Estatuto do Idoso foi uma conquista muito grande, mas ele é pouco conhecido e debatido", observa Ari Aloraldo Nascimento, Secretário das Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas da CUT. Segundo ele, o desafio agora é popularizar o estatuto, tornando-o um instrumento efetivo na proteção dos direitos dos mais velhos.

Envelhecimento e etarismo

A demografia brasileira passou por uma transformação expressiva nas últimas décadas. A população idosa cresceu 39% nos últimos anos, e as projeções indicam que, até 2030, o Brasil será o quinto país com a maior proporção de idosos no mundo. Essa realidade impõe a necessidade de adaptação da sociedade a uma nova configuração etária, mas o que se observa, na prática, é a perpetuação de estereótipos e discriminações que afetam diretamente essa faixa etária.

O etarismo, ou idadismo, é uma das formas de discriminação mais universais e persistentes. Ele atravessa fronteiras de gênero, raça e classe social, e seus impactos, embora muitas vezes subestimados, são devastadores, principalmente para a saúde mental dos idosos. Gestos aparentemente inofensivos, como comentários sobre a "incapacidade" ou "inadequação" dos mais velhos, reforçam uma visão negativa do envelhecimento, associada à fragilidade e à obsolescência. O resultado? Solidão, depressão e um profundo declínio na autoestima e no bem-estar mental.

A questão, contudo, não se limita ao campo das interações sociais. O preconceito contra idosos está profundamente enraizado na estrutura da sociedade, especialmente no mercado de trabalho. Mesmo em um cenário onde outros tipos de discriminação, como racismo e homofobia, têm ganhado visibilidade e enfrentado maiores esforços de combate, o etarismo permanece à margem das discussões.

A transição demográfica brasileira exige, além de ajustes estruturais, uma profunda transformação cultural. O combate ao etarismo deve ser visto não apenas como uma questão de direitos humanos, mas como um passo necessário para o desenvolvimento de uma sociedade verdadeiramente inclusiva, que respeite e valorize todas as gerações.


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