Saúde • 09:50h • 13 de setembro de 2025
Dor miofascial já representa parte significativa dos afastamentos do INSS
Condição musculoesquelética é marcada por dor crônica e limitação funcional, afetando a rotina de milhões de brasileiros
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Dor persistente no pescoço, ombros tensionados, desconforto nas costas ou sensação de peso nos braços e pernas. Esses sinais, muitas vezes associados apenas a má postura ou estresse, podem estar ligados à síndrome da dor miofascial, uma das condições musculoesqueléticas mais comuns no país e responsável por grande parte dos afastamentos do trabalho registrados pelo INSS.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças musculoesqueléticas estão entre as principais causas de incapacidade no mundo, atingindo cerca de 1,7 bilhão de pessoas. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que mais de 20% dos afastamentos do trabalho têm relação direta com essas condições.
A fisioterapeuta Mariana Milazzotto, mestre em Ciências Médicas e especialista em reabilitação funcional, explica que a dor miofascial é caracterizada por pontos gatilhos, áreas hiper irritáveis dentro do músculo que provocam dor local e irradiada. “Isso muitas vezes confunde o diagnóstico, já que os sintomas podem imitar outras doenças, como hérnia de disco ou fibromialgia”, aponta.
Os sintomas incluem rigidez, fadiga, limitação de movimentos e até distúrbios do sono. Segundo a especialista, o tratamento deve ser específico e envolve técnicas de liberação miofascial, alongamentos, fortalecimento muscular e mudanças no estilo de vida. “Sono regular, pausas no trabalho, hidratação e exercícios de baixo impacto são fundamentais para restaurar o equilíbrio muscular e reduzir a sobrecarga que perpetua a dor”, afirma.
Em casos crônicos, podem ser necessários recursos complementares como eletroterapia, calor superficial e acompanhamento multiprofissional. Além do aspecto físico, a condição impacta diretamente a vida social e profissional, limitando atividades cotidianas como dirigir, trabalhar no computador ou carregar objetos simples.
Para Mariana, a prevenção está diretamente ligada à informação. “Dor muscular persistente não é normal. Quanto mais cedo a condição é identificada, maior é a eficácia do tratamento”, conclui.
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