Saúde • 17:37h • 22 de julho de 2025
Consumo de álcool compromete performance e ganha novas reflexões no mundo esportivo
Atletas e praticantes de atividades físicas repensam o uso do álcool em nome da saúde, da recuperação e da alta performance
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

Durante muito tempo, celebrar uma vitória esportiva ou o fim de uma semana intensa de treinos vinha naturalmente acompanhada de um brinde, geralmente alcoólico. Mas esse hábito está passando por uma revisão. À medida que saúde, desempenho e bem-estar se tornam prioridades para atletas e praticantes de atividade física, cresce o movimento por uma celebração mais consciente, alinhada a um estilo de vida que privilegia o autocuidado.
Estudos recentes revelam que o álcool pode prejudicar significativamente o rendimento esportivo. Segundo a ciência, o consumo de bebidas alcoólicas pode reduzir em até 37% a síntese proteica muscular após os treinos, dificultando a recuperação e o ganho de massa magra. O álcool também compromete a qualidade do sono, especialmente as fases REM e de sono profundo, fundamentais para a regeneração física e mental.
Do ponto de vista hormonal, o impacto também é expressivo. O consumo frequente de álcool eleva os níveis de cortisol, hormônio relacionado ao estresse, e reduz a produção de testosterona — especialmente em homens —, interferindo diretamente nos processos de anabolismo e desenvolvimento muscular.
Essas informações têm repercutido além das publicações científicas e dos consultórios. A preocupação com os efeitos do álcool passou a ocupar espaço nos treinos, nas redes sociais e até nos bastidores dos pódios. Um reflexo disso é o crescimento do movimento chamado mindful drinking, que propõe um consumo mais consciente e seletivo de bebidas alcoólicas.
De acordo com levantamento da Euromonitor International, 41% dos jovens adultos reduziram o consumo de álcool nos últimos 12 meses, motivados principalmente por preocupações com saúde, sono e performance. No universo fitness, essa tendência é ainda mais forte entre os que buscam hipertrofia e rendimento atlético.
Como alternativa, cresce a adesão às cervejas sem álcool, que preservam o ritual da celebração sem comprometer os objetivos esportivos. Saborosas, refrescantes e socialmente aceitas, elas se firmam como símbolo de um novo estilo de vida, que não abre mão do prazer, mas prioriza equilíbrio e consciência.
Dados da IWSR Drinks Market Analysis indicam que o mercado global de bebidas com baixo ou nenhum teor alcoólico cresce 7% ao ano. No Brasil, esse movimento ganha força entre consumidores que não querem escolher entre brindar e manter o foco nos treinos.
Mais do que uma substituição, trata-se de uma mudança cultural: celebrar sem comprometer a saúde. Para muitos atletas, a decisão de reduzir ou eliminar o álcool não significa abrir mão da alegria, mas alinhar suas escolhas com seus objetivos. Afinal, a verdadeira conquista é poder brindar o desempenho sem perder o ritmo no dia seguinte.
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