Educação • 09:42h • 01 de setembro de 2025
Conheça os bastidores do vestibular mais difícil do Brasil: o processo seletivo do ITA
Considerado o mais difícil do Brasil, processo seletivo cobra domínio aprofundado em ciências exatas e resiliência emocional dos estudantes
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

O vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é amplamente reconhecido como um dos mais exigentes do País. Todos os anos, milhares de candidatos buscam uma das disputadas vagas em seus cursos de engenharia, enfrentando uma seleção que exige não apenas conhecimento avançado em ciências exatas, mas também preparo emocional para suportar a rotina intensa de estudos e provas. Diferente de exames de larga escala, como o ENEM, o ITA concentra sua avaliação em questões altamente técnicas, o que demanda uma preparação direcionada e de longo prazo.
De acordo com Leonardo Pontes, professor e coordenador pedagógico do Estratégia Militares, o grau de dificuldade da prova explica sua fama. “As questões exigem um nível de aprofundamento muito além do que é ensinado no Ensino Médio brasileiro. Mesmo alunos das melhores escolas encontram uma complexidade fora do padrão”, afirma.
A estrutura do vestibular reforça esse desafio. A primeira fase é realizada em um único dia, com duração de cinco horas, composta por 48 questões objetivas de matemática, física, química e inglês. Os aprovados seguem para a segunda etapa, que se estende por quatro dias consecutivos. Nos três primeiros, os candidatos enfrentam dez questões discursivas de matemática, química e física, respectivamente, enquanto o último dia é dedicado a 20 questões de português e uma redação. “O nível de exigência aumenta consideravelmente da primeira para a segunda fase”, ressalta Pontes.
Segundo o professor, a preparação deve ser abrangente desde o início. Um erro comum dos candidatos é estudar separadamente para cada fase, o que reduz as chances de sucesso. “Não há tempo hábil para se preparar para a segunda fase somente após a primeira. A preparação precisa ser simultânea”, orienta. Ele também aponta outros equívocos recorrentes, como dedicar poucas horas de estudo, focar excessivamente na teoria sem praticar exercícios e subestimar o peso das disciplinas de linguagens.
O processo seletivo exige ainda mais do que conhecimento técnico: resiliência, disciplina e foco são habilidades fundamentais para enfrentar a rotina de preparação. “A maioria dos aprovados abre mão de parte da vida social e do lazer durante o período de estudo, pois o nível de dedicação exigido é muito alto”, observa Pontes.
Apesar das dificuldades, os especialistas destacam que o esforço é recompensado. A aprovação no ITA representa não apenas o acesso a uma formação de excelência em engenharia, mas também um diferencial que acompanha os profissionais ao longo da carreira. “É um selo de qualidade permanente que abre portas e gera oportunidades”, conclui Pontes.
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