Mundo • 18:37h • 26 de setembro de 2025
Comunicação e negociação no estágio: como jovens podem conduzir conversas produtivas
Especialista destaca importância de pedir feedback, propor mudanças com responsabilidade e negociar benefícios de forma estratégica
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Hercog | Foto: Arquivo/Âncora1
Falar com gestores ainda é um dos maiores desafios enfrentados por estagiários. Pedir feedback, negociar horários e até discutir sobre carreira são pontos que exigem preparo e sensibilidade. Pesquisa da Companhia de Estágios, realizada em 2024, mostra que 48% dos estudantes priorizam flexibilidade no local de trabalho e benefícios voltados ao desenvolvimento. Nesse contexto, a capacidade de comunicação torna-se essencial para construir relações profissionais mais sólidas.
De acordo com Ana Eliza Silva, Coordenadora de Recursos Humanos da Companhia de Estágios, o primeiro passo é a leitura do ambiente. Observar a cultura da empresa, a forma como a liderança conduz a rotina e a postura da equipe evita julgamentos precipitados e ajuda o jovem a se posicionar com maturidade. Ela reforça que cabe ao líder criar espaço seguro para trocas, mas também ao estagiário identificar o melhor momento para propor ideias ou questionamentos.
As conversas com gestores devem ser objetivas e respeitar o tempo do líder. Perguntas como “o que se espera de mim?” ou “como posso contribuir mais?” direcionam a clareza sobre prioridades. A especialista destaca que o momento da negociação também precisa ser bem avaliado: se o estagiário entrega bons resultados, pode ter maior abertura para solicitar ajustes, como flexibilização de horários ou benefícios ligados ao aprendizado. Já em casos de baixo desempenho, o ideal é esperar para retomar o assunto.
Avanços e limites da comunicação
Outro ponto essencial é a compreensão sobre o que pode ou não ser negociado. A bolsa-auxílio, em geral, segue políticas definidas pelas empresas, mas benefícios como cursos, desenvolvimento de habilidades e pequenas flexibilizações no formato de trabalho podem ser tratados com mais abertura. “Toda negociação envolve responsabilidade. O estagiário deve mostrar como aquela mudança pode melhorar suas entregas”, afirma Ana Eliza.
Feedbacks também devem ser buscados de forma proativa, encarados como ferramenta de aprendizado. Críticas construtivas, quando bem aproveitadas, aceleram o desenvolvimento. Segundo a especialista, até situações negativas ajudam na evolução profissional, desde que sejam usadas para reavaliar caminhos e fortalecer a postura diante dos desafios. Mostrar interesse em aprender e se adaptar reforça a imagem de comprometimento.
Para Ana Eliza, a construção de uma rede de apoio dentro da empresa, com colegas e líderes, é igualmente importante. Conversar com profissionais mais experientes amplia a visão sobre o ambiente de trabalho e ajuda a preparar abordagens mais consistentes. Essa rede, somada à disposição para ouvir diferentes perspectivas, pode tornar a jornada do estágio mais enriquecedora e estratégica para a carreira.
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