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Ciência e Tecnologia • 16:37h • 16 de abril de 2025

Cientista brasileira lidera pesquisa pioneira sobre uso de canabinóides no tratamento de Parkinson

Estudo inovador da UFSC mostra resultados promissores no tratamento dos sintomas motores e não motores da doença de Parkinson com THC e CBD

Da Redação | Com informações da Biosfera Comunicação | Foto: Divulgação

A pesquisa abre portas para novas terapias e avança no entendimento da cannabis medicinal
A pesquisa abre portas para novas terapias e avança no entendimento da cannabis medicinal

A farmacêutica Ana Carolina Ruver Martins, doutora em farmacologia e pós-doutoranda na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lidera um estudo inédito que pode transformar a forma como a Doença de Parkinson (DP) é tratada no Brasil e no mundo. A pesquisa, intitulada "Efeitos da associação dos canabinóides THC e CBD sobre os sintomas motores e não motores da doença de Parkinson", foi realizada no Laboratóri Experimental de Doenças Neurodegenerativas (LEXDON) da UFSC e pode abrir portas para novas terapias para a doença.

Com a participação de 68 pacientes, o estudo focou na combinação de dois dos principais compostos canabinóides da planta Cannabis sativa: o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol), para aliviar os sintomas da DP. O ensaio clínico, que seguiu um modelo rigoroso duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído após seis meses de acompanhamento e revelou resultados promissores, especialmente na melhoria dos sintomas motores da doença.

A pesquisa se destaca por sua abordagem inovadora, sendo o primeiro ensaio clínico de grande escala e longa duração a explorar a combinação de THC e CBD para o tratamento da DP. "Nosso objetivo foi oferecer dados confiáveis e uma base científica sólida sobre os efeitos do uso de canabinóides para o Parkinson", explica a Dra. Ana Ruver.

O impacto da pesquisa

Os resultados do estudo indicam que os pacientes que receberam a combinação de THC e CBD apresentaram melhorias significativas nos sintomas motores, como tremores e rigidez muscular, além de benefícios em aspectos não motores, como qualidade de sono e flexibilidade. Os pacientes mulheres, em particular, mostraram uma resposta melhor ao tratamento, especialmente nas áreas de gravidade da doença e qualidade de vida.

O orientador da pesquisa, o Doutor Rui Prediger, destaca a importância do estudo para o avanço da ciência e da medicina no Brasil: "A combinação de THC e CBD se mostrou mais eficaz do que o uso isolado de qualquer um dos compostos. Este estudo coloca o Brasil na vanguarda das pesquisas sobre o uso medicinal da cannabis."

Desafios e avanços na regulamentação

Apesar dos avanços significativos no estudo dos canabinóides, a Dra. Ana Ruver enfatiza que ainda há muito a ser feito para a regulamentação do uso da cannabis no tratamento de doenças como o Parkinson. No Brasil, o uso de cannabis medicinal é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a pesquisa e a produção de produtos derivados da cannabis enfrentam desafios devido a preconceitos e à falta de uma legislação mais flexível.

"Embora o mercado de cannabis medicinal no Brasil tenha crescido, ainda há muita resistência. No entanto, os resultados desse estudo são uma prova do potencial terapêutico dos canabinóides", afirma a pesquisadora.

De acordo com a Anvisa, o Brasil possui cerca de 219 mil pacientes que utilizam produtos à base de cannabis, com um gasto estimado de R$ 80 milhões em 2023. O mercado de cannabis medicinal no país está em franca expansão e, segundo previsões, poderá movimentar até R$ 26,1 bilhões até 2027, caso novas regulamentações sejam adotadas.

A esperança para pacientes e futuras pesquisas

A paciente A.K., uma das voluntárias da pesquisa, compartilhou sua experiência com o tratamento. Diagnosticada com Parkinson em 2023, A.K. relatou uma melhora significativa nos sintomas após o início do tratamento com THC e CBD. "A dor e a dificuldade para dormir melhoraram muito com o tratamento. A diferença entre os dias com e sem a medicação é perceptível", afirmou.

A Dra. Ana Ruver acredita que a pesquisa não só trará avanços na medicina, mas também ajudará a quebrar tabus sobre o uso de cannabis no Brasil. "Com mais estudos e uma maior aceitação social, podemos garantir que mais pacientes se beneficiem dos tratamentos baseados em cannabis", conclui.

O estudo está em fase de avaliação para ser publicado em revistas científicas internacionais, e os pesquisadores seguem trabalhando para expandir os benefícios da cannabis no tratamento de doenças como Alzheimer, Esclerose Múltipla (EM), Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Fibromialgia.

A pesquisa da UFSC é apenas um passo para a evolução da medicina no Brasil, e os resultados têm o potencial de mudar a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.

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