• Obra em 3D criada por estagiários da FEMA amplia acessibilidade em exposição no MAPA
  • Defesa Civil emite alerta de baixa umidade para 111 cidades do interior de SP
  • Repórter do Âncora1 visita o Catavento na estrada da ciência
Novidades e destaques Novidades e destaques

Saúde • 13:38h • 30 de outubro de 2024

CFM: a cada três horas, um médico é vítima de violência no Brasil

Registro de casos passou de 2,7 mil em 2013 para 3,9 mil em 2023

Agência Brasil | Foto: Marcelo Leal/Unsplash

Foram contabilizados, ao todo, 38 mil boletins de ocorrência em que médicos aparecem como vítimas de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal e difamação dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros e laboratórios.
Foram contabilizados, ao todo, 38 mil boletins de ocorrência em que médicos aparecem como vítimas de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal e difamação dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros e laboratórios.

Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) indicam que, a cada três horas, um médico é vítima de violência enquanto trabalha em um estabelecimento de saúde público ou privado no Brasil.

O levantamento, divulgado no dia 22 de outubro, foi feito com base em boletins de ocorrência registrados em delegacias de polícia civil de todos os estados brasileiros entre 2013 e 2024.

Atualmente, o país registra média de nove casos de violência contra médicos em ambiente de trabalho por dia, de acordo com a entidade.

“Os dados mostram que a situação fica cada vez mais fora de controle, uma vez que o volume de queixas vem aumentando ano após ano. O recorde foi batido em 2023, mas os dados completos de 2024 somente serão conhecidos ano que vem”, avaliou o CFM em nota.

Ocorrências

Foram contabilizados, ao todo, 38 mil boletins de ocorrência em que médicos aparecem como vítimas de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal e difamação dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros e laboratórios. Segundo o levantamento, 47% desses registros são contra mulheres. Há, inclusive, registros de mortes suspeitas de médicos dentro de estabelecimentos de saúde.

Recorde

Em 2013, foram registrados pouco mais de 2,7 mil boletins de ocorrência desse tipo no país. Dez anos depois, em 2023, o número alcançou a marca de 3,9 mil casos, a maior da série histórica.

“Isso significa dizer que, em média, apenas no ano passado, foram contabilizados 11 boletins de ocorrência por dia no país por conta de situações de violência contra médicos no local onde atuam”, destacou o CFM.

Autores

Os números mostram ainda que 66% dos casos ocorrem em municípios do interior do Brasil. Os autores dos atos violentos são, em grande parte, pacientes, familiares de pessoas atendidas e desconhecidos. Há ainda casos minoritários de ameaça, injúria e até lesão corporal cometidos por colegas de trabalho, incluindo enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da saúde.

Estados

São Paulo, que responde atualmente como a unidade federativa com o maior número de registros médicos do país (26% do total), registrou quase a metade dos casos de violência em termos absolutos – 18 mil dos 38 mil contabilizados no Brasil. No estado, a média de idade dos médicos que sofrem algum tipo de violência é 42 anos e cerca de 45% dos registros foram contra médicas.

De acordo com os dados, 45% dos ataques a médicos em São Paulo (8,4 mil casos) ocorreram dentro de hospitais (pronto-socorro, unidade de terapia intensiva, centro cirúrgico e consultório). Em seguida, entre as maiores ocorrências, estão postos de saúde (18%), clínicas (17%) e consultório (9%). O restante ocorreu em laboratórios, casas de repousos e outros tipos de estabelecimentos.

Já o Paraná, que aparece como o quinto estado com a maior quantidade de médicos, figura em segundo lugar no ranking de violência contra profissionais em estabelecimentos de saúde. A unidade federativa responde por, pelo menos, 3,9 mil casos de ameaça, assédio, lesão corporal, vias de fato, injúria, calúnia, difamação, desacato e perturbação do trabalho contra médicos registrados entre 2013 e 2024. Curitiba concentra 12% dos registros.

Em terceiro lugar está Minas Gerais, segundo estado com o maior número de médicos do Brasil. A Polícia Civil do estado registrou 3.617 boletins de ocorrência envolvendo esse tipo de violência, sendo 22% deles na capital Belo Horizonte.

De acordo com o CFM, o Rio Grande do Norte não encaminhou as informações solicitadas a tempo e o Acre informou não ter os dados em sua base. Já Mato Grosso e Paraná informaram dados relativos à violência em hospitais e clínicas médicas contra qualquer profissão – a partir daí, o conselho elaborou uma estimativa mínima de 10% que envolveria apenas médicos.

Estimativa semelhante foi feita com o Rio de Janeiro, onde a maioria das ocorrências não tem a profissão da vítima; e com as informações prestadas pelo Rio Grande do Sul, que forneceu apenas dados de violência contra médicos sem definir o local onde ocorreu o fato.

Orientações

Em casos de ameaça, o CFM orienta que o médico:

  • registre ocorrência na delegacia mais próxima ou online;

  • informe, por escrito, às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar sobre o ocorrido;

  • apresente dados dos envolvidos e testemunhas;

  • encaminhe o paciente a outro colega, se não for caso de urgência e/ou emergência.

  • Se a ocorrência envolver agressão física, a entidade indica que o profissional:

  • compareça à delegacia mais próxima e registre boletim de ocorrência (haverá necessidade de exame do corpo de delito);

  • apresente dados dos envolvidos na agressão e de testemunhas;

  • comunique o fato imediatamente às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar para que seja providenciado outro médico para assumir suas atividades.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Saúde • 09:21h • 10 de setembro de 2025

Anvisa proíbe Suplementos da Ervas Brasillis Produtos Naturais

Empresa não possui licenciamento sanitário

Descrição da imagem

Mundo • 08:41h • 10 de setembro de 2025

Licenciamento 2025: prazo para placas 5 e 6 termina em setembro

De acordo com o Detran-SP, 46,6% dos veículos registrados no estado já fizeram o licenciamento até junho - 9,8 milhões do total de 21 milhões

Descrição da imagem

Saúde • 08:19h • 10 de setembro de 2025

Vacina da gripe é eficaz? Especialistas do Butantan explicam

Imunizante protege principalmente crianças e idosos contra formas graves, hospitalizações e mortes e tem eficácia dentro de padrão estabelecido pela OMS

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 08:07h • 10 de setembro de 2025

Obra em 3D criada por estagiários da FEMA amplia acessibilidade em exposição no MAPA

Girassol em relevo permite que pessoas com deficiência visual tenham experiência sensorial na mostra “Olhares que Transformam”, no MAPA

Descrição da imagem

Mundo • 07:56h • 10 de setembro de 2025

Defesa Civil emite alerta de baixa umidade para 111 cidades do interior de SP

Cidades atingiram índices de umidade próximos a 12% e temperaturas acima dos 35°C; principais regiões alertadas foram São José do Rio Preto, Araçatuba, Franca e Barretos

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 18:29h • 09 de setembro de 2025

SaferNet vai ensinar supervisão e controle parental na internet

Formação continuada começa nesta quarta-feira (10)

Descrição da imagem

Cidades • 17:31h • 09 de setembro de 2025

Echaporã realiza Passeio Ciclístico Travessia dos Vales no dia 27 de setembro

Evento terá 17 km de percurso pelo Vale do Paranapanema com café da manhã no Vale dos Ventos

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:06h • 09 de setembro de 2025

Repórter do Âncora1 visita o Catavento na estrada da ciência

O Âncora1 visitou a Carreta do Museu Catavento em Sorocaba e mostrou como ciência e diversão podem andar juntas. O espaço itinerante faz parte do projeto CultSP na Estrada e leva experiências interativas de física, química, biologia e geografia a diversas cidades do estado.

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?