Responsabilidade Social • 10:30h • 14 de agosto de 2025
Cerrado registra maior queda de desmatamento dos últimos anos, com recuo de 20,8%
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também mostram que os alertas de desmatamento na Amazônia atingiram o segundo menor nível da série histórica.
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Secom | Foto: Fernando Donasci/MMA

O Brasil teve uma queda significativa de 20,8% nos alertas de desmatamento no Cerrado nesse período, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área sob alerta diminuiu de 7.014 km² para 5.555 km², mostrando avanço na proteção do bioma, apesar da pressão da agropecuária.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que parte do desmatamento no Cerrado é legal, o que torna o tema complexo. Ela afirmou que o desmatamento na Amazônia está estabilizado, mas o compromisso do governo é zerar o desmatamento até 2030.
Entre os estados, Maranhão e Minas Gerais tiveram quedas maiores (34%), seguidos por Tocantins, Mato Grosso e Bahia. O Piauí foi o único com aumento (33%).
Na Amazônia, o desmatamento cresceu 4%, devido aos incêndios no segundo semestre de 2024, mas a área de corte raso sem fogo caiu 8%, atingindo o menor nível da história do sistema Deter.
No Pantanal, o desmatamento caiu 72%, apesar do pior cenário climático já registrado na região.
Principais ações contra desmatamento e queimadas:
- Nova política para uso controlado do fogo, envolvendo governo, setor privado e sociedade civil.
- Fundo Amazônia passou a financiar ações contra incêndios fora da Amazônia, como no Cerrado e Pantanal, com R$ 150 milhões aprovados.
- Lei que agiliza resposta a incêndios, incluindo uso de aeronaves estrangeiras em emergências.
- Planos de ação para todos os biomas brasileiros até 2027.
- Monitoramento constante do clima e riscos de incêndios.
- Campanhas de prevenção em estados mais afetados por queimadas.
- Aumento das punições para incêndios florestais.
Fiscalização intensa
Nos últimos 12 meses, o Ibama realizou 9.540 fiscalizações na Amazônia, aplicando R$ 2,4 bilhões em multas e embargando mais de 5 mil km². No Cerrado, foram 831 autos de infração e R$ 607 milhões em multas. O Instituto Chico Mendes também ampliou as ações de fiscalização nas unidades de conservação, com mais de 2,7 mil autos lavrados.
Essas medidas mostram um esforço crescente para proteger os biomas brasileiros e reduzir o desmatamento ilegal.
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