Mundo • 21:15h • 12 de agosto de 2025
Caso Felca expõe exploração infantil na internet e acelera ações de prevenção
ONG ChildFund revela que mais da metade dos adolescentes brasileiros já sofreu violência sexual na internet e lança campanha internacional para prevenção
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
O vídeo publicado pelo youtuber Felca, denunciando casos de adultização e exploração de crianças e adolescentes na internet, colocou em evidência um problema grave e crescente: a violência e o assédio sexual on-line. Entre as denúncias, Felca destacou o caso do influenciador paraibano Hytalo Santos, acusado de exploração infantil, que resultou em ação do Ministério Público, derrubada de seu perfil no Instagram e discussões que devem chegar à Câmara dos Deputados. O episódio reacendeu o debate sobre ética na produção de conteúdo digital e a urgência em proteger o público infantojuvenil no ambiente virtual.
Mesmo antes da repercussão recente, a ONG ChildFund, que atua há quase 60 anos na defesa dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil, já tratava a proteção digital como prioridade. Em junho, a organização lançou a campanha “Os Monstros na Internet São Reais” em seis países da América Latina, incluindo o Brasil. A iniciativa apresentou vídeos, materiais educativos e recursos gratuitos para apoiar famílias, educadores e comunidades na prevenção de ameaças como aliciamento, exploração sexual, cyberbullying e manipulação on-line.
Campanha internacional alerta para riscos digitais enfrentados por crianças e jovens
A campanha foi construída com base em relatos reais de adolescentes atendidos pela entidade e revelou que práticas como criação de perfis falsos, chantagens, ameaças e tentativas de contato por meio de jogos virtuais são cada vez mais comuns.
Além disso, o ChildFund divulgou o estudo “Mapeamento dos Fatores de Vulnerabilidade de Adolescentes Brasileiros na Internet”, que expõe dados preocupantes: 54% dos adolescentes no país já sofreram algum tipo de violência sexual on-line, o que representa cerca de 9,2 milhões de jovens. Outro ponto alarmante é que apenas 35% recebem supervisão parental no uso da internet, e adolescentes de 17 e 18 anos têm até 1,3 vezes mais chances de sofrer esses crimes do que os de 15 anos.
De acordo com o presidente executivo do ChildFund Brasil, Mauricio Cunha, é urgente mobilizar famílias, escolas, plataformas digitais e órgãos públicos para garantir um ambiente on-line seguro para crianças e adolescentes. A campanha completa, com vídeos, orientações e formas de participação, pode ser acessada aqui, onde também estão disponíveis cartilhas e o curso “Safe Child” sobre segurança digital infantojuvenil.
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