Saúde • 14:50h • 22 de julho de 2025
Câncer colorretal: sinais, riscos e como prevenir a doença que matou Preta Gil
Doença que afetou Preta Gil é uma das mais comuns no Brasil e pode ser prevenida ou tratada com sucesso quando diagnosticada precocemente
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

O câncer colorretal, que acomete o intestino grosso e o reto, está entre os mais incidentes no Brasil e tem apresentado crescimento preocupante entre adultos com menos de 50 anos. A morte da cantora e empresária Preta Gil, aos 50 anos, após complicações do tumor, trouxe à tona a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos adequados.
Diagnosticada em 2023 com adenocarcinoma, Preta tornou pública sua trajetória contra a doença e contribuiu para ampliar a conscientização em torno do tema. Ao compartilhar etapas como cirurgias, quimioterapia, radioterapia e o tratamento experimental realizado nos Estados Unidos, ela ajudou a jogar luz sobre um tipo de câncer que ainda enfrenta tabus e desinformação, especialmente entre os mais jovens.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colorretal deve registrar cerca de 45.630 novos casos por ano no triênio 2023-2025. Embora mais frequente em pessoas com mais de 50 anos, análises recentes mostram crescimento entre pacientes de 25 a 49 anos, impulsionado por fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo e sobrepeso. Doenças inflamatórias intestinais e histórico familiar também entram na lista de fatores de risco.
Entre os sintomas mais comuns estão: sangue nas fezes, alterações nos hábitos intestinais (como diarreia ou constipação), dor abdominal frequente, perda de peso sem explicação e fadiga. No entanto, em muitos casos, a doença é silenciosa, o que reforça a importância da prevenção.
De acordo com o oncologista Artur Ferreira, da Oncoclínicas, o exame de colonoscopia é o método mais eficaz para rastreamento. Ele permite detectar lesões ainda em fase pré-cancerosa, o que amplia significativamente as chances de cura. “É diferente de outros tipos de câncer, como o de mama, em que o tumor costuma ser identificado já instalado. A colonoscopia pode flagrar alterações antes mesmo da evolução para malignidade”, explica.
A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer colorretal é considerado altamente tratável. Além disso, novas tecnologias e terapias minimamente invasivas já estão disponíveis no Brasil, inclusive para casos avançados com metástase hepática, com cobertura pelos planos de saúde desde 2024.
A trajetória pública de Preta Gil não apenas reforçou a luta pessoal contra a doença, mas também serviu de alerta sobre a importância da escuta ao próprio corpo, da realização de exames e da busca por informação qualificada. Em tempos de crescimento da incidência entre adultos jovens, a prevenção e o conhecimento salvam vidas.
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