Economia • 13:18h • 25 de agosto de 2025
Brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos em 2025, aponta ACSP
Valor foi registrado 23 dias antes do que no ano passado e reflete aumento da arrecadação em várias frentes
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da ACSP | Foto: Divulgação
O painel do Impostômetro, instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro Histórico da capital paulista, registrou nesta quarta-feira, 20 de agosto, às 10h, que os contribuintes brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos neste ano. O montante considera tributos federais, estaduais e municipais, além de taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.
Em 2024, o mesmo valor só havia sido alcançado 23 dias depois, o que mostra um crescimento de 9,31% na arrecadação. Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o resultado reflete uma combinação de fatores. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica, mas também o efeito da inflação, já que boa parte do sistema tributário incide sobre o consumo e acompanha a alta de preços”, explicou.
O economista lembra ainda que novas regras tributárias também impactaram os números. Entram na lista a taxação de fundos exclusivos e offshores, a retomada da tributação de combustíveis, as apostas esportivas, as encomendas internacionais de pequeno valor, além da reoneração da folha de pagamentos e do fim de benefícios fiscais para o setor de eventos. O aumento do ICMS em alguns estados e do IOF também contribuiu para acelerar a arrecadação.
Painel físico e acompanhamento online
O painel físico do Impostômetro pode ser visto na Rua Boa Vista, 51, próximo ao edifício-sede da ACSP. Os dados também estão disponíveis em tempo real pelo site, que apresenta os valores arrecadados nas esferas federal, estadual e municipal.
Ga$to Brasil
Junto ao Impostômetro funciona a plataforma Ga$to Brasil, criada para mostrar de maneira acessível como o dinheiro público é utilizado. Até agora, os gastos primários do setor público, em todas as esferas de governo, já ultrapassam R$ 3,3 trilhões, valor superior ao arrecadado em impostos.
Para Ulisses Ruiz de Gamboa, o quadro acende um alerta. “Esse desequilíbrio entre arrecadação e despesas primárias é preocupante, porque mostra que o Brasil está operando no vermelho mesmo antes de pagar os juros da dívida. Isso compromete a sustentabilidade fiscal e pressiona ainda mais a necessidade de ajustes estruturais nas contas públicas”, avaliou.
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