Mundo • 10:23h • 11 de agosto de 2025
Ataque a tenda de imprensa em Gaza mata seis jornalistas da Al Jazeera e é condenado pela FENAJ
Federação classifica ação de forças israelenses como crime de guerra, presta solidariedade às famílias das vítimas e cobra responsabilização internacional
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Fenaj | Foto: Reprodução/Redes Sociais/Motaz Azaia
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudiou, nesta segunda-feira, 11 de agosto, o ataque realizado por forças israelenses na noite do último dia 10, que resultou na morte de seis profissionais da Al Jazeera na Faixa de Gaza. Entre as vítimas está o correspondente Anas al-Sharif, atingido dentro de uma tenda de imprensa localizada em frente ao Hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza. O bombardeio também matou os jornalistas Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal, Moamen Aliwa e, posteriormente, o fotojornalista Mohammed Al-Khaldi.
Segundo a entidade, a ação configura crime de guerra e afronta o direito internacional humanitário, evidenciando os riscos extremos enfrentados por profissionais que atuam na cobertura do conflito. A FENAJ destacou que se solidariza com as famílias, colegas de trabalho e com todos os jornalistas que exercem a profissão em meio à guerra.

Legenda: "O colega Mohammed Qreiqah também foi assassinado no mesmo ataque." | "Não há força nem poder exceto em Deus. O colega Anas é mártir após sua tenda ter sido bombardeada em frente ao Hospital Al-Shifa." | Imagem: Reprodução/Redes Sociais/Motaz Azaia
A federação reforçou sua união à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e ao Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS) na cobrança de investigações independentes e na exigência de responsabilização dos autores. A entidade também denunciou uma campanha de difamação promovida por autoridades israelenses contra jornalistas palestinos, o que, segundo ela, alimenta um ambiente permissivo para a violência e viola frontalmente a liberdade de imprensa.
No comunicado, a FENAJ apelou aos Estados-membros da ONU para que aprovem uma convenção internacional de proteção e segurança de jornalistas, estabelecendo regras vinculantes. A federação também defendeu que crimes contra profissionais da mídia sejam levados ao Tribunal Penal Internacional, para que os responsáveis sejam julgados.
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